Meirelles pede ao TSE rejeição da candidatura de Alckmin
18 de agosto de 2018A campanha do candidato Henrique Meirelles (MDB) pediu na noite de sexta-feira (17/08) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que rejeite o registo da candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB). No pedido, os advogados de Meirelles apontaram que encontraram irregularidades nas atas das convenções de seis partidos que compõem a coligação do tucano.
Segundo o pedido, o PTB, PP, PR, DEM, PRB e SD – siglas do chamado "centrão” – não apontaram de maneira explícita, nos documentos entregues ao TSE, que concordam com a participação de todas as legendas na mesma coligação.
A coligação de Alckmin conta com um total de oito partidos e tem o maior tempo de propaganda eleitoral no rádio e na TV – 44% do total disponibilizados para os candidatos à Presidência. A campanha de Meirelles aponta que, caso o pedido de rejeição seja aceito, o tempo deve ser repartido entre os candidatos restantes.
A campanha de Meirelles também sugere que, se a candidatura de Alckmin não for rejeitada, o TSE pelo menos retire os seis partidos da aliança do tucano. Sexta-feira foi o último dia possível para contestar a candidatura de Alckmin, que pediu registro junto ao TSE no dia 13 de agosto. O prazo para pedidos de impugnação é de cinco dias a partir do registro.
Neste sábado (18/08), Alckmin classificou o pedido do MDB como "tapetão duro”. "A ação no TSE é totalmente absurda. Não há nenhuma divergência. Isso é tapetão puro. Eu estive na coligação, estive em todas as convenções. Eu fui lá. Fui anunciado, comemorado, foi feita a comemoração, agradeci ao apoio. Não tem o menor sentido querer fraudar a vontade do partido político na aliança", disse o tucano.
Caberá ao ministro do TSE Tarcísio Vieira analisar o pedido da campanha de Meirelles.
Candidato oficialmente apoiado pelo presidente Michel Temer, o emedebista Meirelles segue por enquanto com 1% dos votos nas pesquisas. Na quinta-feira, Temer elogiou Alckmin em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo e sugeriu que o tucano pode representar uma continuidade do seu governo. Neste sábado, Alckmin também rejeitou as falas de Temer e disse que não conta com nenhum apoio do presidente.
"Não tem apoio nenhum. O Temer nem gosta de mim. Quando houve a ação para investigá-lo, a bancada inteira de São Paulo votou pela investigação", disse.
JPS/ots
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