Camisinhas alemãs para a ONU
25 de novembro de 2002As Nações Unidas são o líder mundial da compra de camisinhas: 500 a 600 milhões de preservativos anuais. Desse total, 120 milhões deverão ser fornecidos pela Condomi, de acordo com as negociações que estão sendo realizadas entre a ONU e a empresa.
Fundada em 1988 por três estudantes, a Condomi, empresa sediada em Colônia, tornou-se em poucos anos um dos maiores fabricantes europeus do setor de produtos eróticos e preservativos, graças às suas inovações técnicas e uma estratégia eficiente de marketing. Foi lançada na Bolsa de Valores de Frankfurt, em novembro de 1999, e suas ações fazem parte do segmento SDAX.
Em novembro de 2001, a Condomi candidatou-se como fornecedora junto às Nações Unidas, apresentando informações sobre seus critérios de qualidade e métodos de produção. Embora o processo de seleção ainda não esteja concluído, a escolha da empresa alemã está praticamente certa.
Além de ser um contrato lucrativo, a cooperação com a ONU combina com a filosofia da Condomi, que defende uma postura aberta e responsável em relação à sexualidade. A cooperação com instituições sociais e organizações de ajuda à aids, em vários países do mundo, é parte deste engajamento.
Faturamento e lucros garantidos
O contrato com a ONU dará um enorme impulso à Condomi, afirmou Frank Tillmann, porta-voz da empresa, em entrevista à DW-WORLD. A ONU distribui camisinhas no mundo inteiro no âmbito dos seus próprios programas e via projetos de instituições parceiras.
Embora sediada em Colônia, as duas fábricas da Condomi estão situadas em Erfurt, leste da Alemanha, e na Polônia. A empresa tem filiais na Áustria, Inglaterra, França, Noruega, Itália e África do Sul. No início de 2002, a Condomi fabricava 250 milhões de camisinhas e no final deste ano a produção alcançará 750 milhões de unidades.
Camisinhas para o sexo seguro
Em 2001, a Condomi forneceu 100 mil camisinhas para a organização Voluntários das Nações Unidas. Os preservativos foram distribuídos em projetos de combate à aids em países africanos.
Desde a sua fundação, a empresa participa de campanhas contra a aids e a favor do "sexo seguro", tanto na Alemanha quanto no mundo inteiro.
Em 2003, será inaugurada a primeira fábrica da Condomi na África do Sul. A presença junto aos centros de aids deverá acelerar a distribuição de camisinhas e ajudar assim a combater a epidemia do vírus HIV em todo o continente africano.