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Bundesliga testa juiz suplementar em campo

Martin Helbich23 de novembro de 2002

Uma série de expulsões polêmicas em apenas duas semanas e o debate sobre o papel do árbitro em campo levou à decisão de introduzir um juiz suplementar nos jogos do Campeonato Alemão, a partir de 25 de janeiro de 2003.

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Decisões dos juízes geralmente levam a reclamaçõesFoto: AP

O festival de cartões promovido pelos árbitros nas últimas rodadas da Bundesliga, causando a expulsão de onze jogadores em duas semanas, provocou uma grande polêmica dentro e fora de campo. "Sentimos a falta de respeito mútuo entre os árbitros e os jogadores", reclamou o presidente da Federação Alemã de Futebol (DFB), Gerhard Mayer-Vorfelder.

Na busca de uma solução, os dirigentes de clubes, representantes da Federação e dos árbitros decidiram destacar mais um juiz para as partidas. A experiência – inédita na Alemanha – será iniciada a partir de 25 de janeiro de 2003, durando em princípio apenas na rodada de volta do atual Campeonato Alemão. Mayer-Vorfelder não descarta a possibilidade de dar continuidade à iniciativa, se as avaliações forem positivas. "O que não pode ser é que quase toda decisão do árbitro cause tanta discussão e reclamação", afirma o presidente da Federação.

Quarto homem com funções limitadas

A tarefa do juiz suplementar, que já existe há algum tempo em outros países, será limitada. Ele será responsável pelos aspectos da organização, como o de anotar as substituições e outras ocorrências em campo. Também deverá acalmar os ânimos no banco e fora do campo, já que a DFB quer evitar que o comportamento dos que estão na reserva provoque desrespeito e violência no gramado.

A área de atuação do juiz suplementar ficará restrita, no pois, à parte de fora do gramado. A última palavra sempre será do juiz principal, também em casos de confusão e de reclamação. Quem acompanha de perto o futebol, entretanto, questiona se o problema realmente será solucionado, argumentando que o mais grave é a falta de respeito dos jogadores. Porém, se o projeto der certo, o êxito calará os críticos.

Falta resolver apenas a questão do financiamento. Até agora, sabe-se que os custos devem chegar aos 500 mil euros, a serem divididos eventualmente entre os clubes da Primeira Divisão.