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Brasileiros resgatados da China deixam quarentena

23 de fevereiro de 2020

Grupo de 58 pessoas que estava isolado em base aérea de Anápolis após resgate da cidade chinesa de Wuhan, epicentro do surto de coronavírus, é liberado quatro dias antes do previsto. Três exames deram negativo.

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Dois homens de macacão amarelo observam mulher de mochila com menino pequeno
Desembarque em Anápolis de brasileiros resgatados de Wuhan em 9 de fevereiroFoto: Getty Images/A. Anholete

O grupo de 58 pessoas que estava em quarentena desde 9 de fevereiro na base aérea de Anápolis, depois do resgate de 34 delas da cidade de Wuhan, na China, foi liberado neste domingo (23/02), quatro dias antes do previsto.

Antes de embarcar em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB), em Anápolis, para as suas cidades, o grupo participou de um café da manhã de despedida e de uma cerimônia, com a presença do ministro da Defesa, Fernando Azevedo; do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM); e do prefeito de Anápolis, Roberto Naves (PP).

A liberação foi feita após a confirmação de que os repatriados não estão infectados pelo novo coronavírus. Na última sexta-feira, foi feita a terceira e última coleta de material no Brasil para exame específico para o novo coronavírus, e a análise do Laboratório Central do Estado de Goiás mostrou resultados negativos. Cada um dos repatriados recebeu uma declaração do Ministério da Saúde informando o estado de saúde livre da doença pelo novo coronavírus.

Na conta de YouTube "Brasileiros em Wuhan”, membros do grupo de repatriados divulgaram uma nota de agradecimento ao governo e à sociedade pelo tratamento recebido. Eles haviam postado um vídeo na internet para pressionar o governo brasileiro a resgatá-los em Wuhan, cidade considerada epicentro da doença.

No dia 5 de fevereiro, duas aeronaves da Força Aérea Brasileira partiram para Wuhan, epicentro da doença. Entre brasileiros e familiares de outras nacionalidades, 34 chegaram ao Brasil no dia 9 de fevereiro. Além dos repatriados, 24 profissionais que fizeram parte do resgate também estavam cumprindo a quarentena, inicialmente prevista para durar 18 dias. O procedimento é um protocolo internacional para evitar a disseminação da doença no Brasil.

Até este domingo, no Brasil, não havia registro de casos da doença. Existe, entretanto, um suspeito em investigação no Rio de Janeiro. A partir da última sexta-feira, o Ministério da Saúde passou a considerar como suspeitos aqueles que apresentem febre e outros sintomas respiratórios e que estiveram nos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais no Japão, Coreia do Sul, Coreia do Norte, Singapura, Vietnã, Tailândia e Camboja. Até então, apenas os que estiveram na China eram considerados casos suspeitos. A decisão foi motivada pelo aumento no número de novos casos fora da China e pelo início do Carnaval.

MD/ebc/ots

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