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Brasil na Copa

19 de junho de 2010

De um lado, Kaká. Do outro Didier Drogba. Em comum, além da fama mundial, os problemas com contusões. Os dois astros tentam entrar em plena forma a tempo da partida que pode determinar o futuro dos dois times na Copa.

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Kaká dita o ritmo da seleção brasileiraFoto: AP

Quando jornalistas esportivos de todo o mundo batizaram o Grupo G de "Grupo da Morte", três jogadores estavam em foco: o português Cristiano Ronaldo, o marfinense Didier Drogba e o brasileiro Kaká. Neste domingo (20/06), Brasil e Costa do Marfim se enfrentam no Soccer City, em Johanesburgo, e há dúvidas quanto às condições de jogo dos dois astros.

Os dois estarão em campo, mas ainda não se sabe por quanto tempo. Kaká teve problemas com contusões durante a temporada no Real Madrid e ainda não encontrou o auge de sua forma física. Contra a Coreia do Norte, ficou em campo 77 minutos e teve atuação apagada. Já Drogba quebrou o braço num amistoso antes da Copa e só entrou no segundo tempo diante de Portugal, participando de 25 minutos de jogo.

Brasil depende de Kaká

Mesmo ainda longe de garantir a classificação, a seleção brasileira já pensa nas próximas fases da Copa do Mundo, e quer contar com Kaká durante todo o torneio. "Ele não jogou 90 minutos durante os últimos meses, então nós queremos recuperá-lo lentamente", explicou o técnico Dunga.

O próprio jogador concorda com este ponto de vista. "Eu estive fora por um longo tempo, mas tenho certeza de que vou melhorar enquanto o campeonato for avançando", prometeu o meia.

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Kaká teve atuação discreta contra a Coreia do NorteFoto: AP

Júlio Baptista, reserva de Kaká, também confia na capacidade física do companheiro. "O período mais difícil na reabilitação já passou. Agora ele está bem. Ele está tranquilo e fazendo o seu melhor para dar tudo pelo time. Estou convencido de que ele vai fazer tudo o que for possível para nos ajudar", declarou o jogador do Roma.

Para o Brasil, não basta que Kaká esteja em campo; ele precisa estar bem. Ele é o melhor do time e todos sabem disso. "Nós realmente dependemos do Kaká. Ele é o eixo do nosso time, é quem dita o ritmo", admitiu o volante Gilberto Silva.

Muito respeito a Drogba

Didier Drogba, grande astro da seleção marfinense e do Chelsea, da Inglaterra, é um atacante que impressiona pelo porte físico. Graças à sua capacidade atlética, ele vem se recuperando rapidamente da fratura no braço, e o técnico Sven-Goran Eriksson já avisou: "Não se surpreendam se Didier Drogba começar jogando contra o Brasil".

O treinador sueco que comanda a equipe africana exaltou a evolução do atacante. "Ele é um jogador importante para a equipe e sua saúde melhorou notoriamente", afirmou, dando a entender que Drogba vai para o jogo.

E os brasileiros sabem muito bem do que este adversário é capaz. "É claro que nós o respeitamos quando ele joga contra nós, é um jogador muito importante para eles, com o qual temos que ter muito cuidado", aconselhou o veterano Gilberto Silva.

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Drogba impressiona pelo porte físicoFoto: picture-alliance/dpa

Um jogo de xadrez

Também será importante neste duelo ver a postura dos dois times. Na primeira rodada, a Costa do Marfim empatou por 0 a 0, enquanto o Brasil sofreu para vencer os azarões da Coreia do Norte por 2 a 1. Naturalmente, as equipes se estudaram, e isto deve fazer diferença no domingo.

"Eu acho que a Costa do Marim será nosso adversário mais forte por causa do porte físico que eles têm", avaliou Júlio Baptista. "Eles jogam na Europa e conhecem nosso estilo de jogo", completou o meia.

E conhecem mesmo. "Eu vi o primeiro tempo do jogo deles, a Coreia do Norte se defendeu muito bem e irritou o Brasil, eles servem como um bom exemplo", disse o atacante Salomon Kalou, outro destaque da seleção marfinense.

"Nós temos jogadores que podem fazer diferença, nossa força sempre estará no ataque, mas o foco tem que estar na defesa", prosseguiu. "Quando você joga contra um time que é mais forte, primeiro é preciso evitar que ele jogue para depois investir no seu próprio ponto forte. No nosso caso, temos técnica e podemos explorar os contra-ataques", argumentou o atleta.

TM/dpa/afp/rtr
Revisão: Augusto Valente