Golfo do México
7 de junho de 2010O combate ao vazamento de petróleo no Golfo do México já custou 1,25 bilhão de dólares à petroleira britânica BP, segundo nota divulgada pela empresa nesta segunda-feira (07/06). O valor não inclui 360 milhões de dólares da construção de seis ilhas de contenção, para proteger a costa da Louisiana das manchas de óleo.
A direção da BP comunicou já ter recebido acima de 37 mil pedidos de indenização. Mais de 18 mil foram atendidos, totalizando 48 milhões de dólares. O prejuízo total que o vazamento de petróleo, o maior da história dos Estados Unidos, causará à empresa ainda não é calculável, afirmou a BP.
O almirante da Guarda Costeira dos EUA Thad Allen, que coordena os esforços para conter o vazamento, afirmou à emissora CBS que o combate à mancha de óleo irá pelo terceiro semestre adentro, e isso somente se a BP conseguir estancar completamente o fluxo de óleo até agosto.
Onze mil barris recolhidos no domingo
Nesta segunda-feira, a BP divulgou ter recolhido 11,1 mil barris de petróleo no domingo e que planeja elevar o total para cerca de 20 mil. No domingo, o presidente da BP, Tony Hayward, declarara à BBC que o funil colocado sobre o poço está sugando 10 mil barris de óleo cru por dia, então conduzidos para um navio.
Isso significa que a quantidade de óleo recuperado está aumentando. "Ele estão elevando a produção aos poucos. Foram 6 mil [barris] no dia anterior e 10 mil ontem", disse Allen à CNN no domingo.
O militar evitou fazer projeções sobre quanto isso representa no total do vazamento, mas cientistas calculam que o poço libere entre 12 mil e 19 mil barris de petróleo por dia.
A BP espera que novas medidas a serem adotadas nos próximos dias consigam reter ainda mais petróleo, que vaza para o mar desde a explosão da plataforma Deepwater Horizon, em 20 de abril de 2010. O acidente matou 11 pessoas.
Equipes de resgate já encontraram 820 pássaros atingidos pelo petróleo escapado, dos quais 597 estavam mortos. Entre os 223 pássaros vivos encontravam-se também espécimes de pelicano pardo, símbolo da Louisiana, e que fora retirado da lista dos animais em extinção em novembro último.
AS/afp/ap/dpa
Revisão: Augusto Valente