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Berlim e Viena pedem ajuda da UE na crise migratória

19 de novembro de 2015

Merkel e Faymann apelam por maior cooperação de países-membros para atenuar crise e conter fluxo de refugiados. Líder alemã assegura que lutará por mecanismo "permanente" de distribuição de migrantes na Europa.

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Angela Merkel und Werner Faymann
Foto: Reuters/H. Hanschke

A chanceler federal alemã, Angela Merkel, e seu homólogo austríaco, Werner Faymann, enalteceram nesta quinta-feira (19/11) a estreita cooperação entre os dois países e pediu maior colaboração de outros países-membros da União Europeia (UE) na atual crise migratória.

Após encontro em Berlim, Merkel agradeceu ao líder austríaco pela parceria e pediu que os dois países continuem a trabalhar em estreita colaboração para atenuar a crise de refugiados. A chanceler federal alemã enfatizou, no entanto, que outros países do bloco, especialmente aqueles localizados na fronteira, deveriam fazer mais para conter o fluxo de migrantes.

"Os pontos de passagem precisam ser rapidamente colocados em prática na Itália e Grécia", disse Merkel, se referindo aos centros de registro destinados a rastrear os solicitantes de asilo que desembarcam antes de entrarem na União Europeia.

Ela reiterou seu compromisso de apoiar a Grécia e de reforçar a Frontex, a agência europeia de controle de fronteiras. A líder alemã assegurou que continuará lutando por um mecanismo "permanente" de distribuição dos refugiados na Europa.

Faymann também pediu que outros países desempenhem um maior papel na crise. O chanceler austríaco admitiu que não há solução fácil para o problema dos refugiados. Entre as opções consideradas controversas estão uma cooperação mais próxima com a Turquia, incluindo o pagamento de 3 milhões de euros para Ancara.

O líder austríaco disse que, mesmo que tal acordo com a Turquia ainda não tenha sido alcançado, ele continua sendo uma possibilidade. Sobre os refugiados, Faymann enfatizou que "eles são vítimas, e não criminosos".

Merkel expressou, ainda, solidariedade com a França após os atentados em Paris da última sexta-feira. "Este é um ataque contra os nossos valores básicos, nosso modo de vida, nossa liberdade. E todos os países que amam a liberdade devem se manter unidos em todas as áreas para encontrar os autores [dos ataques] e também para proteger e garantir o nosso modo de vida."

FC/dpa/rtr/epd/efe