Avião paquistanês emitiu alerta antes da queda
8 de dezembro de 2016Antes de perder contato com a torre de controle e se chocar contra uma montanha no norte do Paquistão, a aeronave turboélice da Pakistan Internacional Airlines (PIA) emitiu um alerta de emergência, afirmaram as autoridades paquistanesas nesta quinta-feira (08/12). As autoridades do país abriram uma investigação sobre a tragédia.
O acidente ocorreu nesta quarta-feira, logo após o avião ter decolado da cidade de Chitral, no norte do país, em direção a capital, Islamabad. Segundo a companhia, o avião caiu em uma colina da cidade de Saddha Batolni, a 75 quilômetros do destino final.
As autoridades aeronáuticas do Paquistão trabalham com a hipótese de uma falha mecânica num dos dois motores da aeronave. Relatos de moradores de uma vila nos arredores do local do acidente revelam que o equipamento já estava em chamas antes de atingir o solo.
Em entrevista coletiva, o presidente da PIA, Azam Saigol, afirmou que o piloto do ATR-42 emitiu um chamado de Mayday às 16h14 (hora local), após ter percebido a falha no motor. Minutos depois, o avião iniciou uma descida não programada, até desaparecer do radar às 16h16.
"Este avião era tecnicamente seguro e havia passado por uma manutenção em outubro", disse Saigol, acrescentando que o piloto havia voado mais de 12 mil horas e que a aeronave tinha nove anos de operação. "Nosso foco agora é recuperar todos os corpos", acrescentou, prometendo uma investigação completa.
O porta-voz da PIA, Danyal Gilani, disse que a caixa preta da aeronave foi recuperada, mas que "levará tempo para determinar a razão do acidente".
Vítimas
A bordo do voo estavam 42 passageiros e cinco tripulantes – todos morreram. De acordo com a PIA, entre as vítimas estão o pop star paquistanês Junaid Jamshed, que se tornou clérigo islâmico e três estrangeiros – dois austríacos e um chinês. Os corpos estão sendo transportados para Islamabad por helicópteros do Exército.
Desde esta quarta-feira, peritos recolhem materiais genéticos para fazer a identificação dos mortos. As autoridades orientam os familiares a submeterem uma amostra de DNA para facilitar o processo de verificação dos corpos. Seis vítimas já foram identificadas por meio das impressões digitais.
TMS/ap/afp/efe