Autoridades fecham aeroporto no Iêmen
21 de janeiro de 2015Autoridades da segunda maior cidade do Iêmen, Aden, fecharam seu aeroporto internacional nesta quarta-feira (21/01), em protesto contra os ataques de milícias xiitas ao presidente.
Forças de segurança da cidade disseram em comunicado que estavam fechando o aeroporto, o porto e os acessos a Aden em decorrência dos "desenvolvimentos perigosos na capital" e dos "ataques ao símbolo da soberania nacional e legitimidade constitucional, o presidente Abd Rabbuh Mansur al-Hadi".
O chefe do aeroporto de Aden, Tarek Abdu, declarou que o fechamento entrou em vigor às 7h da manhã, no horário local, e afirmou que a medida irá durar até "uma futura notificação" do governador.
A decisão foi tomada após milícias xiitas conhecidas como houthis invadirem o palácio presidencial na capital do país, Sanaa, e atacarem a residência do presidente nesta terça-feira. Autoridades locais afirmaram que a ação é uma tentativa de derrubar o governo.
Ataques continuam
A milícia xiita prosseguiu nesta quarta-feira com os ataques na capital. Os rebeldes assumiram o controle de uma base militar que abriga mísseis e montaram guarda diante da residência do presidente.
Nesta segunda-feira, combatentes haviam cercado a residência do primeiro-ministro, Khaled Bahah, após confrontos que permitiram a eles reforçar o domínio sobre a capital iemenita e deixaram nove mortos e 67 feridos, incluindo civis.
Os rebeldes, que desde o ano passado ampliam sua influência no Iêmen, tomaram no dia 21 de setembro o controle de uma grande parte da capital do país, controlando a televisão pública iemenita e a agência de notícias oficial Saba.
Os houthis querem mais direitos para a comunidade zaidita, uma ramificação do xiismo. Aliados do Irã na disputa com a Arábia Saudita por uma maior influência na região, eles fizeram ameaças se suas demandas por uma participação justa na nova Constituição não forem atendidas.
CN/afp/ap