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Autoridades alemãs compram dados do Panama Papers

5 de julho de 2017

Informações sobre mais de 200 mil empresas de fachada teriam custado 5 milhões de euros. Escândalo veio à tona há mais de um ano, quando jornalistas revelaram existência de megaesquema de evasão fiscal.

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Foto: picture-alliance/dpa/K. J. Hildenbrand

As autoridades da Alemanha compraram os dados do escândalo que ficou conhecido como Panama Papers, que reúne informações de mais de 200 mil empresas de fachada, divulgadas no ano passado por veículos de imprensa de vários países.

A operação foi realizada pelo Departamento Federal de Investigações (BKA), afirmou o presidente do órgão, Holger Münch, à emissora ARD. Ele disse que se trata do maior volume de dados com o qual o BKA já trabalhou.

As informações sobre a compra haviam sido inicialmente antecipadas pelo jornal Bild e pela revista Der Spiegel. Depois das notícias, o BKA divulgou um comunicado para afirmar que estava com os documentos do Panama Papers. Segundo a imprensa alemã, a aquisição custou 5 milhões de euros. Não está claro, porém, de quem os dados foram comprados.

As investigações dos documentos serão coordenadas pelo BKA. Caso haja indício de crimes, os processos correspondentes deverão ser abertos pela promotoria-geral de Frankfurt.

No início de 2016, um grupo de veículos de imprensa, liderados pelo jornal alemão Süddeutsche Zeitung, revelou a existência de um grande esquema de evasão fiscal envolvendo o escritório de advocacia panamenho Mossack Fonseca.

As reportagens, baseadas em documentos vazados obtidos por jornalistas, geraram investigações em diversos países, além de um debate sobre paraísos fiscais e lavagem de dinheiro.

O Süddeutsche Zeitung recebeu os 11,5 milhões de documentos de uma fonte anônima e decidiu criar um grupo internacional com outros jornais para analisar as informações.

AS/efe/ard