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ConflitosLíbano

Ataque de Israel no centro de Beirute mata pelo menos 9

Publicado 3 de outubro de 2024Última atualização 3 de outubro de 2024

Bombardeio teria alvejado clínica na capital do Líbano pertencente a organização ligada ao Hezbollah. Israelenses anunciam morte de três comandantes do Hamas em Gaza.

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Fumaça sobe de prédios após ataques aéreos israelenses em Beirute, em visão panorâmica
Fumaça sobe de prédios após ataques aéreos israelenses em BeiruteFoto: Joseph Campbell/REUTERS

Ao menos nove pessoas morreram e outras 14 ficaram feridas em um ataque aéreo israelense contra um edifício no centro de Beirute, informou nesta quinta-feira (03/10) o Ministério da Saúde do Líbano.

Além disso, um porta-voz militar israelense advertiu sobre mais ataques no sul da capital libanesa nas próximas horas.

O Ministério da Saúde Pública informou inicialmente que o bombardeio contra um prédio na região de Al Bashura, no coração da cidade, havia deixado dois mortos e 11 feridos, mas atualizou os números depois de informar que mais pessoas morreram em decorrência dos ferimentos sofridos.

Este foi o segundo ataque ao centro da capital libanesa nesta semana. A maioria dos bombardeios anteriores na região foram direcionados contra subúrbios ao sul da cidade.

O prédio atingido no bombardeio, realizado na madrugada de quarta para quinta-feira, fica a poucos quarteirões do palácio do governo, do Parlamento libanês e de diversas embaixadas. 

Por sua vez, o jornal libanês Annahar disse que o ataque foi direcionado contra um centro médico pertencente à Autoridade de Saúde Islâmica, uma organização ligada ao Hezbollah.

Mais de 46 libaneses mortos em 24h 

Até agora, neste ano, as sedes dessa organização em diferentes partes do Líbano, além de ambulâncias de seu Departamento de Defesa Civil, foram alvo de bombardeios israelenses.

Como tem acontecido nos últimos dias, o porta-voz militar israelense em árabe, Avichay Adraee, pediu aos moradores de três bairros do subúrbio de Dahieh, no sul de Beirute, que se afastem de algumas áreas porque elas serão bombardeadas.

Ao menos 46 pessoas morreram e 85 outras ficaram feridas nos bombardeios israelenses contra o Líbano na quarta-feira, informou o Ministério da Saúde Pública do país.

Os ataques de Israel no Líbano desde o início das hostilidades entre as forças israelenses e o grupo xiita libanês Hezbollah, em outubro do ano passado, mataram cerca de 2 mil pessoas.

Soldados israelenses morrem

Nesta quarta-feira, Israel confirmou que ao menos oito soldados do país morreram e sete ficaram feridos em confrontos com o Hezbollah no sul do Líbano. Todos tinham entre 21 e 23 anos.

Estas são as primeiras baixas israelenses desde que militares israelenses iniciaram uma incursão terrestre no país vizinho, segundo informou o Exército do país.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) disseram que realizaram duas incursões no Líbano até o momento e alertaram os moradores para deixaram suas casas em mais de 20 áreas.

Já o Hezbollah disse que repeliu forças israelenses em três vilarejos no sul do Líbano.

Israel anuncia morte de líder do Hamas

Também nesta quinta-feira, o Exército israelense disse ter matado um líder sênior do Hamas em um ataque aéreo na Faixa de Gaza há cerca de três meses. Segundo os militares, um ataque a um complexo subterrâneo no norte de Gaza matou Rawhi Mushtaha e dois outros comandantes do Hamas.

Não houve nenhum comentário imediato do Hamas. Mushtaha era um colaborador próximo de Yahya Sinwar, o principal líder do Hamas que ajudou a planejar o ataque de 7 de outubro. Acredita-se que Sinwar esteja vivo e escondido em Gaza.

Nas últimas semanas, os ataques israelenses no Líbano mataram o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e vários de seus principais comandantes. 

Pedido por retirada de moradores no sul do Líbano

Os militares israelenses disseram na quinta-feira que atingiram cerca de 200 alvos do Hezbollah em todo o Líbano, incluindo instalações de armazenamento de armas e postos de observação.

O governo israelense disse que os ataques mataram pelo menos 15 combatentes do Hezbollah. Não houve confirmação independente.

Centenas de milhares fugiram de suas casas, já que Israel alertou as pessoas para se retirarem imediatamente de mais de 20 cidades no sul do país, dizendo-lhes para se mudarem para áreas que ficam a cerca de 60 quilômetros da fronteira e consideravelmente mais ao norte do que a zona tampão declarada pela ONU.

md (EFE, AFP, AP, Reuters)