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Assassino de policiais em Paris era condenado por terrorismo

14 de junho de 2016

Cidadão francês de origem marroquina jurou lealdade ao EI, tinha lista de personalidades que deveria matar e havia sido sentenciado por recrutar jihadistas no Paquistão. Outras três pessoas são presas.

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Foto: picture-alliance/dpa/C. P. Tesson

O homem que esfaqueou um casal de policiais na noite de segunda-feira (13/06) em Magnanville, no subúrbio de Paris, disse que atendeu a um pedido do líder do grupo "Estado Islâmico" (EI). Ele já havia sido condenado por associação a organização terrorista em 2013 e tinha, segundo investigadores, uma lista de pessoas que deveria matar.

Depois de matar o comandante policial, o homem entrou na casa da família e fez a mulher, que era secretária da esquadra, e o filho de três anos da vítima reféns. Durante as negociações, ele disse que respondeu ao chamado de Abu Bakr al-Baghdadi para "matar infiéis em casa com suas famílias".

O autor do duplo homicídio transmitiu o ataque ao vivo pelo Facebook e postou sobre o crime duas vezes no Twitter. O vídeo tinha mais de dez minutos. As contas que ele mantinha nas redes sociais já foram desativadas.

Após tentativas frustradas de negociação, policiais de elite invadiram a residência e mataram o suspeito com um tiro. A criança foi resgatada, mas a mulher do policial foi encontrada morta.

O presidente francês, François Hollande, disse que o ataque foi "incontestavelmente um ato terrorista" e o classificou como "odioso". "A França está enfrentando uma ameaça terrorista muito significativa", afirmou.

Terrorista tinha mais alvos

Larossi Abbala, de 25 anos, cidadão francês de origem marroquina, já tinha sido condenado por associação a organização terrorista em 2013 e chegou a recrutar jihadistas no Paquistão. Por suas atividades, recebeu pena de dois anos e meio de prisão, mas foi imediatamente liberado devido ao tempo que havia passado na cadeia antes do julgamento.

Assassino de oficial era conhecido como "terrorista"

O promotor público de Paris François Molins informou nesta terça que Abbala tinha outros alvos. Na casa dele, investigadores encontraram uma lista com nomes de rappers, jornalistas, policiais e outras figuras públicas. Outros três suspeitos que poderiam ter ligação com o crime foram presos.

A agência de notícias Amaq, porta-voz do EI, noticiou o ataque. "Combatente do Estado Islâmico mata vice-chefe da delegacia de polícia da cidade de Les Mureaux [vizinha a Magnanville] e sua esposa", escreveu a agência em seu site, segundo o grupo de inteligência SITE.

Esse é o primeiro ataque na França desde que foi decretado estado de emergência no país devido aos ataques de novembro do ano passado em Paris, que deixaram 130 mortos.

Segundo o ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, mais de cem pessoas suspeitas de terem ligação com terrorismo foram presas neste ano na França.

KG/ap/afp/rtr