1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

"Ao fim do inverno só haverá vacinados, curados ou mortos"

22 de novembro de 2021

Depois de dizer que a Alemanha enfrenta "uma emergência nacional" devido à covid-19, chefe da pasta da Saúde volta a incentivar população a se vacinar, desta vez com palavras drásticas.

https://p.dw.com/p/43Kpu
Jens Spahn, ministro da Saúde da Alemanha
O ministro Jens Spahn afirmou que a variante delta do coronavírus é altamente contagiosa, "e por isso recomendamos com veemência a vacina"Foto: Michael Kappeler/dpa/picture alliance

O ministro alemão da Saúde, Jens Spahn, escolheu nesta segunda-feira (22/11) palavras drásticas para motivar a parcela da população da Alemanha que ainda não se vacinou contra a covid-19 a tomar a vacina.

"Possivelmente, ao fim deste inverno, praticamente todos aqui na Alemanha — isso às vezes é dito, de forma algo cínica — estarão vacinados, curados ou mortos. Mas de fato é assim", disse Spahn em Berlim.

A frase, em alemão, faz alusão à chamada regra 3G, que restringe a presença em locais públicos fechados a pessoas vacinadas, curadas ou com um teste negativo (em alemão geimpft, genesen, getestet), substituindo o último termo por gestorben (mortos).

Spahn lembrou que a variante delta do coronavírus é muito contagiosa. "E por isso recomendamos com veemência a vacina", completou. Ele acrescentou que se vacinar é um ato de solidariedade, pois quem se vacina protege também os outros.

Ele também defendeu o uso da vacina da Moderna, à qual o Ministério da Saúde quer dar preferência antes que as doses disponíveis percam a validade, no início de 2022. O ministro disse que a vacina da Moderna é "boa, segura e muito eficaz".

Na Alemanha, 70,5% da população tomou a primeira dose de uma vacina contra a covid-19, e 68% tomaram duas doses. Os números estão estagnados já há algumas semanas. Exatos 7% da população já tomou a dose de reforço.

"Emergência nacional"

Na última sexta-feira, Spahn afirmou que a situação da covid-19 piorou nos últimos dias e agora está ainda "mais séria do que na semana passada", alertando que o país enfrenta "uma emergência nacional" em relação à pandemia.

Questionado sobre a possibilidade de o governo impor um novo lockdown a toda a população, ele respondeu: "Estamos em uma situação na qual não podemos descartar nada."

As declarações vieram no dia em que a câmara alta do Parlamento alemão, o Bundesrat, aprovou um novo pacote contra a pandemia elaborado pela provável futura coalizão governamental, um dia depois de a câmara baixa ter dado luz verde às regras.

Nas últimas duas semanas, o número de novos casos aumentou mais de 60% na Alemanha. Na quinta-feira passada, o país registrou mais de 65 mil infecções em 24 horas, um recorde desde o início da pandemia. Autoridades de saúde alertaram que esse número deveria pelo menos dobrar dentro de alguns dias.

Nesta segunda, foram registradas 30.643 infecções. O número de casos costuma ser mais baixo nos fins de semana, quando nem todas as secretarias de Saúde comunicam seus dados e são realizados e avaliados menos testes.

as/lf (DPA, Reuters)