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Alemães feridos em explosão no Paquistão

(ns)14 de julho de 2002

Sete turistas alemães sofreram ferimentos leves ao explodir uma granada no norte do Paquistão. Na Caxemira, região disputada pela Índia e o Paquistão, radicais islâmicos realizaram um massacre, matando 25 indianos.

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Maioria das vítimas eram turistas alemãesFoto: AP

Um possível atentado no norte do Paquistão, neste sábado (13/07), deixou 13 pessoas levemente feridas, entre estas 7 alemães. Um desconhecido detonou uma granada, próximo a um local de escavações arqueólogicas em Mansehra. Além de cinco mulheres e dois homens alemães, ficaram feridos um austríaco, um eslovaco e três paquistaneses, entre estes duas crianças. Todos foram atendidos no hospital e depois dispensados, sendo os estrangeiros levados à capital, Islamabad, sob custódia da polícia.

Turistas ocidentais na mira dos terroristas

Ao que tudo indica, a granada não era de produção industrial, segundo um porta-voz do Ministério do Interior. A polícia local não exclui que tenha sido um atentado contra os turistas alemães de parte de radicais islâmicos. A granada foi atirada de longe contra um pequeno ônibus com 21 turistas. Em junho explodiu uma bomba diante do consulado norte-americano em Karachi. Um mês antes houve um outro atentado contra engenheiros franceses. Em ambos morreram 26 pessoas.

O risco de que americanos e europeus sejam vítima de atos de terror aumentou desde o 11 de setembro e a campanha no Afeganistão contra Osama bin Laden e as organizações terroristas muçulmanas, a Al Qaeda à sua frente. Em 11 de abril, 14 alemães morreram em conseqüência de uma bomba que explodiu na ilha de Djerba, norte da Argélia. A explosão ocorreu diante da sinagoga mais antiga da África, que consta dos roteiros turísticos.

Massacre na Caxemira

O Paquistão serviu de refúgio aos muçulmanos radicais que fugiram do Afeganistão após a operação militar que acabou com o domínio das milícias talibãs. Os extremistas também atuam na região da Caxemira, situada entre a Índia e o Paquistão e objeto de disputa entre os dois países, que recentemente chegaram a ameaças recíprocas de recorrer a armas nucleares.

Neste sábado, extremistas muçulmanos atiraram granadas num bairro pobre de Jammu, na Caxemira, matando pelo menos 25 indianos, a maioria mulheres e crianças. A intervenção das forças de segurança indianas resultou num tiroteio, no qual foram feridas 30 pessoas. O atentado foi o mais grave desde 14 de maio, quando radicais muçulmanos atacaram um posto militar na mesma cidade, matando 34 pessoas. Calcula-se que cerca de 60 mil pessoas já morreram, nos últimos doze anos, na disputa pela Caxemira.