Refugiados
4 de março de 2011A Alemanha participa a partir desta sexta-feira (04/03) das operações internacionais para auxiliar refugiados que estão na Tunísia a voltar para seus países de origem. Os refugiados, a maioria egípcios, deixaram a Líbia devido aos sangrentos confrontos entre rebeldes e forças leais ao ditador Muammar Kadafi.
A Alemanha participa da operação com três navios das Forças Armadas. Segundo o ministro alemão do Exterior, Guido Westerwelle, cerca de 4 mil egípcios deverão ser transportados para Alexandria nos próximos dias por meio de navios.
A França também anunciou que vai auxiliar os refugiados a voltar para casa. O Reino Unido, segundo a emissora BBC, já levou mais de mil egípcios para o Cairo em aviões fretados. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta quinta-feira que enviará aviões militares para auxiliar na retirada dos refugiados.
Risco de catástrofe humanitária
Diariamente mais de 10 mil pessoas atravessam a fronteira da Líbia com a Tunísia, a maioria delas egípcias. O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) calcula que 180 mil pessoas já deixaram a Líbia.
As Nações Unidas e a Cruz Vermelha alertaram para o risco de uma catástrofe humanitária na região e pediram apoio. Já a Organização Mundial da Saúde alertou para o risco de epidemias nos acampamentos.
O Ministério do Exterior da Alemanha disponibilizou 2,8 milhões de euros de auxílio aos refugiados na região de fronteira da Líbia com a Tunísia. A União Europeia ofereceu outros 30 milhões de euros.
Além de enviar aviões militares, o governo dos Estados Unidos vai fretar aviões comerciais para ajudar a retirar os refugiados que estão na Tunísia, anunciou Obama. Também serão enviadas equipes para auxiliar em ações humanitárias na região fronteiriça.
Obama reiterou mais uma vez que os Estados Unidos avaliam também a possibilidade de ações militares na Líbia, incluindo a interdição do espaço aéreo líbio. Ele disse que Kadafi perdeu toda a legitimidade e deve deixar o poder.
Além de egípcios, há pessoas de Gana, da Nigéria, de Bangladesh, do Paquistão e do Vietnã entre os refugiados que deixaram a Líbia. A maioria trabalhava no país árabe.
AS/dpa/dw/lusa
Revisão: Bettina Riffel