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Alemanha proíbe site de extrema esquerda

25 de agosto de 2017

Plataforma é considerada meio mais influente na cena extremista de esquerda no país. "Não há lugar na nossa sociedade para radicais, qualquer que seja sua orientação", diz ministro do Interior.

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G20, Hamburgo
Plataforma extremista de esquerda convocou atos violentos durante cúpula do G20 em Hamburgo, em julhoFoto: picture-alliance/N.Liponne

O Ministério do Interior da Alemanha proibiu o site de extrema esquerda linksunten.indymedia.org. Os operadores da página, que vivem em Freiburg, receberam a notificação de interdição nesta sexta-feira (25/08), segundo a agência de notícias DPA.

Para as autoridades de segurança, o site, lançado no início de 2009, é considerado o meio mais influente na cena extremista de esquerda na Alemanha. A página desempenhou um papel importante no contexto dos tumultos na cúpula do G20 em Hamburgo, em julho, convocando inclusive para protestos violentos, de acordo com o Verfassungsschutz (serviço de proteção à Constituição). Na página, usuários podem postar mensagens anônimas.

O site viola "em finalidade e atividade as leis criminais" e se opõe à ordem constitucional, publicou o portal Spiegel Online citando um comunicado do Ministério do Interior. Os símbolos da plataforma extremista também foram proibidos.

No contexto da interdição da plataforma, forças de segurança realizaram buscas em vários locais no estado de Baden-Württemberg nesta sexta-feira. Autoridades confiscaram computadores, canivetes, bastões e canos, confirmou o ministro do Interior da Alemanha, Thomas de Maizière. Não houve detenções.

O ministro admitiu, porém, que o desligamento da plataforma "não será tecnicamente possível para hoje ou amanhã", mas salientou que a continuação da operação do site é desde já constituída uma infração criminal. "Não há lugar na nossa sociedade para extremistas radicais e violentos, qualquer que seja sua orientação", acrescentou.

Durante anos, os extremistas de esquerda usaram a plataforma para semear o ódio. Segundo De Maizière, há quase diariamente "confissões desprezíveis" de atos criminosos sob a proteção do anonimato, incluindo ataques a policiais e estações ferroviárias. "Este é um desrespeito fundamental de nossas leis", afirmou o ministro.

PV/dpa/afp