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Alemanha anuncia envio de mais soldados ao Afeganistão

12 de novembro de 2015

Berlim pretende reforçar tropas de 130 para 980 homens. Missão não mudará de caráter de prestação de instrução e assessoria a forças afegãs, e militares alemães continuam não podendo atuar em combates.

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Foto: picture-alliance/dpa/Bundeswehr//PAO RC N

A Alemanha pretende aumentar o número de soldados estacionados no Afeganistão de 130 para 980. A notícia, veiculada num blog, foi confirmada nesta quinta-feira (12/11) pelo deputado Rainer Arnold, responsável por assuntos de Defesa na bancada parlamentar do Partido Social Democrata da Alemanha (SPD), legenda que integra a coalizão de governo.

Os soldados alemães dão assessoria aos afegãos – que assumiram a segurança no país no final de 2014 – e não deverão se envolver em combates, como prevê a missão original.

Sem missão de combate

"A missão não será alterada", garantiu Arnold, em entrevista ao jornal Berliner Zeitung. Sobretudo políticos conservadores querem que os militares alemães sejam autorizados a se envolver em situações de combate, para garantir a segurança das zonas de proteção para refugiados afegãos repatriados da Alemanha. Essa proposta, entretanto, foi descartada definitivamente, segundo Arnold.

De acordo com informações do portal de notícias Spiegel Online, o governo alemão deve decidir na próxima quarta-feira o texto sobre o mandato das Forças Armadas alemãs no Afeganistão para 2016. Em seguida, o Parlamento alemão deve discutir a proposta. Conforme o Spiegel Online, os militares alemães devem ficar mais tempo no norte do Afeganistão do que o planejado anteriormente. A missão de treinamento em Mazar-i-Sharif deve continuar até pelo menos o final de 2016.

A Bundeswehr (Forças Armadas da Alemanha) havia se envolvido temporariamente com até 5.350 soldados na missão militar Isaf, liderada pela Otan no Afeganistão. No final de 2014, a missão de combate foi substituída, após 13 anos, pela missão Resolute Support (apoio resoluto), para treinar e assessorar forças de segurança afegãs. Originalmente, era planejada para 2016 uma redução adicional dos 13 mil soldados que ainda estão estacionados no Afeganistão. O contingente da Bundeswehr também deveria ser reduzido.

Situação precária

Devido à situação de segurança, considerada precária, o presidente dos EUA, Barack Obama, decidiu, no entanto, que, pelo menos as tropas dos EUA permanecerão no Afeganistão com todos os seus atuais 9.800 soldados até o final de 2016. Países como Alemanha, Itália e Reino Unido garantiram, então, que também manterão sua presença.

A ministra alemã da Defesa, Ursula von der Leyen, afirmou na noite desta quarta-feira que a Alemanha deve agora provar sua confiabilidade no Afeganistão. "Em poucos dias, 20 nações virão a Berlim discutir conosco a continuidade da cooperação no Afeganistão", lembrou.

MD/dpa/afp