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Agência da UE aprova uso de mais dois remédios contra covid

11 de novembro de 2021

EMA dá sinal verde para anticorpos monoclonais Ronapreve, da Roche e Regeneron, e Regkirona, da Celltrion. Ambos já receberam autorização de uso emergencial no Brasil.

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Pacientes com covid-19 em hospital de Magdeburg, na Alemanha
Foto: RONNY HARTMANN/AFP

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) deu nesta quinta-feira (11/11) seu aval para a aprovação de dois novos medicamentos contra a covid-19.

São eles o coquetel de anticorpos monoclonais Ronapreve, da farmacêutica suíça Roche, e o anticorpo monoclonal Regkirona (regdanvimabe), da sul-coreana Celltrion.

Os dois medicamentos podem ser usados nos estágios iniciais de uma infecção com o novo coronavírus.

Os especialistas da EMA analisaram dados disponíveis de estudos sobre a eficácia dos medicamentos e possíveis efeitos colaterais antes de recomendarem a aprovação.

A decisão final sobre a liberação de uso na União Europeia cabe à Comissão Europeia, que costuma seguir as recomendações da EMA.

Até agora, apenas um medicamento para tratamento da covid-19 foi liberado na UE: o Remdesivir, da Gilead, aprovado em 2020.

A comissária europeia de Saúde, Stella Kyriakides, afirmou que o bloco deu um passo gigantesco rumo à meta de ter cinco medicamentos aprovados até o fim de 2021.

O que são os medicamentos aprovados

O Ronapreve, da Roche, é um coquetel composto por dois anticorpos, o casirivimabe e o imdevimabe. Ele é coproduzido pela farmacêutica americana Regeneron e pode ser ministrado a pessoas a partir dos 12 anos que tenham sido infectadas pelo coronavírus e tenham predisposição a uma evolução grave da doença.

Na Alemanha essa combinação de anticorpos já é usada em casos especiais. O Ronapreve pode ser usado para prevenir e tratar infecções agudas do novo coronavírus e reduzir as internações hospitalares.

O Ronapreve já obteve autorização de uso emergencial em mais de 20 países, incluindo o Brasil, os Estados Unidos e o Reino Unido. Nos Estados Unidos foi usado no tratamento contra a covid-19 do ex-presidente Donald Trump.

No Brasil, o casirivimabe e imdevimabe "não estão autorizados para uso em pacientes hospitalizados devido à covid-19 ou que necessitam de oxigênio de alto fluxo ou ventilação mecânica em seus tratamentos", ressalvou a Anvisa.

Já o Regkirona pode ser ministrado a adultos que tenham contraído covid-19, mas não tenham necessidade de oxigênio suplementar.

Esse medicamento também já recebeu autorização de uso emergencial no Brasil, apesar de a Anvisa ter destacado que há várias contraindicações para quem tem índice de massa corporal abaixo de 35, doença renal crônica, diabetes, doença imunossupressora ou que esteja recebendo tratamento imunossupressor. O mesmo vale para quem tem 65 anos de idade ou mais ou então 55 anos de idade ou mais e doença cardiovascular ou hipertensão ou ainda doença pulmonar ou respiratória crônica.

as/ek (DPA, AFP, Reuters, OTS)