Agressor de Düsseldorf sofre de esquizofrenia
10 de março de 2017O homem que nesta quinta-feira (09/03) atacou com um machado nove pessoas na estação central de Düsseldorf, no oeste da Alemanha, chegou ao país como solicitante de refúgio, vindo do Kosovo, em 1992, tem uma permissão de residência por razões humanitárias e sofre de esquizofrenia paranoide, afirmou nesta sexta-feira a polícia.
O chefe da polícia de Düsseldorf, Norbert Wesseler, disse que nove pessoas ficaram feridas, quatro delas em estado grave, e entre elas está uma menina de 13 anos.Todos os feridos, entre os quais há também duas turistas italianas que estavam hospedadas num hotel perto da estação, estão fora de perigo, afirmou.
O agressor ficou gravemente ferido ao saltar de uma ponte antes de ser detido e foi levado para um hospital, onde foi submetido a uma cirurgia. Ele ainda não está em condições de prestar depoimento. A promotoria vai acusá-lo de nove tentativas de assassinato.
Ele vivia na cidade vizinha de Wuppertal. Na noite de quinta-feira, o irmão dele foi à polícia para informar sobre o desaparecimento do agressor e alertar que ele tinha comprado um machado porque se sentia ameaçado e perseguido. Naquele momento, o ataque já havia ocorrido na estação de Düsseldorf, onde o agressor chegou num trem regional, segundo a polícia.
Segundo a reconstrução dos fatos, o homem, logo após descer na plataforma da estação, começou a agredir pelas costas com um machado vários passageiros e, ao tentar voltar a entrar no trem, o motorista teve o impulso de fechar as portas, o que evitou uma tragédia maior. Então, o agressor avançou pela plataforma e entrou no edifício principal da estação, agredindo mais pessoas, durante um total de 5 minutos.
A polícia descarta a possibilidade de um ato com motivações terroristas e disse que o agressor agiu sozinho. Ele não tinha antecedentes criminais, mas era conhecido da polícia, que sabia de seus problemas mentais por um incidente registrado em 2015. Em sua primeira declaração perante os agentes que o detiveram, ele afirmou que tinha certeza de que a polícia iria atirar.
As forças de segurança revistaram ainda na noite de quinta-feira a casa dele em Wuppertal, onde encontraram um certificado médico com o diagnóstico de esquizofrenia paranoide e remédios para essa doença.
AS/efe/ard