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Adultos nos EUA sabem pouco sobre Holocausto

17 de setembro de 2020

Pesquisa revela que 12% dos americanos com menos de 40 anos nunca ouviram falar no genocídio cometido pelos nazistas, e 11% pensam que judeus causaram Holocausto. Resultado é perturbador, diz entidade judaica.

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Entrada do antigo campo de concentração de Auschwitz-Birkenau
O antigo campo de concentração de Auschwitz-Birkenau é hoje um memorialFoto: DW/M. Heuer

Um estudo divulgado nesta quarta-feira (16/09) mostrou que muitos adultos dos Estados Unidos com menos de 40 anos sabem pouco ou nada sobre o Holocausto. Enquanto 12% disseram que nunca ouviram falar no genocídio cometido pelos nazistas, outros 11% deles acreditam que foram os judeus que o causaram.

A pesquisa realizada pela Claims Conference, uma organização que negocia o pagamento de compensações às vítimas pela Alemanha, também revelou que quase dois terços dos entrevistados não sabiam que 6 milhões de judeus foram mortos, e 36% disseram que foram "dois milhões ou menos".

Quase a metade não sabia dizer o nome de um dos campos de concentração e guetos na Europa durante o Holocausto, e um número semelhante não sabia o que é Auschwitz-Birkenau.

"Os resultados são tão chocantes como tristes e sublinham por que precisamos agir agora, enquanto sobreviventes do Holocausto ainda estão entre nós para contar suas histórias", disse o presidente da organização, Gideon Taylor.

Nova York, que possui uma das maiores comunidades judaicas do mundo, tem um número especialmente elevado de pessoas que acreditam que os judeus são responsáveis pelo Holocausto, com quase 20% dos entrevistados.

Quase metade dos consultados disse já ter visto postagens que negam ou distorcem o Holocausto, e cerca de um terço disse ter visto símbolos nazistas nas redes sociais ou na sua comunidade.

"Não só o desconhecimento geral sobre o Holocausto é perturbador como, combinado com o número de millennials e de geração Z que viram negacionismo do Holocausto nas redes sociais, fica claro que precisamos combater essa distorção da história e fazer de tudo para assegurar que os gigantes das redes sociais parem de permitir esse conteúdo prejudicial nas suas plataformas", disse o vice-presidente-executivo da Claims Conference, Greg Schneider.

A pesquisa foi feita com mil pessoas para os resultados de todo o país, e mais 200 pessoas em cada estado para os resultados específicos dos estados. Foram ouvidos adultos entre os 18 e os 39 anos, escolhidos de forma aleatória.

AS/dpa/kna