Adolescentes alemães sentem-se bem esclarecidos sobre sexo
6 de março de 2002Durante muitos anos, a educação sexual pelos pais na Alemanha concentrou-se no aconselhamento das filhas. Nas últimas décadas, também os garotos (65% em 2001) estão recebendo em casa orientação sobre a vida sexual.
Este trabalho é feito ainda pela escola (a partir da quarta série primária), pelos médicos (pediatra e ginecologista) e pela Central Alemã de Esclarecimentos sobre Saúde (Bundeszentrale für Gesundheitliche Aufklärung).
Um estudo feito com mais de 2,5 mil jovens entre 14 e 17 anos e seus pais não revelou mudanças substanciais em relação às pesquisas dos últimos cinco anos. O primeiro ato sexual acontece cada vez mais de forma espontânea, principalmente para os garotos (34%). Entre as meninas, 25% afirmam que a perda da virgindade "não estava programada".
Cerca de 65% dos jovens na Alemanha entre 14 e 17 anos não são mais virgens, um índice que permanece inalterado desde 1998. A idade média na "primeira vez" é 15,1 anos para as garotas e 14,8 anos dos rapazes.
Mais da metade usou camisinha na primeira vez
A maioria sente-se esclarecida sobre contracepção: 64% usaram camisinha no primeiro ato sexual e 33% das garotas já tomava pílula. Apenas 12% das meninas e 15% dos rapazes não usaram nada na "primeira vez", um número que permaneceu constante em relação a 1994.
Por outro lado, 68% das garotas e 52% dos garotos sabem da "pílula do dia seguinte": 8% das adolescentes alemãs inclusive já a usaram uma vez. A média de idade para a primeira consulta ao ginecologista é aos 15 anos.
No aconselhamento passado pelos pais, persistem os clichês: as meninas (72%) recebem mais informações sobre contracepção que os garotos (57%), sendo que a camisinha é indicada para eles (83%) e a pílula para elas (66%).
Apenas 10% dos jovens entrevistados consultaram as centrais de esclarecimento sobre sexualidade espalhadas em todo o país alguma vez, embora sua importância seja reconhecida tanto por pais como por adolescentes alemães. Somente no ano passado, a educação sexual nas escolas primárias foi estendida a toda a rede de ensino do Leste do país (em 1996 eram apenas 50%).