A greve dos caminhoneiros em imagens
Paralisação contra valor do diesel paralisou o Brasil, causando desabastecimento de combustíveis e alimentos e agitando a classe política. Reveja os acontecimentos até agora.
Primeiro dia
Uma apreciação do dólar ante o real e a alta do barril de petróleo no mercado internacional provocaram uma série de aumentos no preço do diesel nos primeiros meses de 2018. Caminhoneiros anunciam a paralisação e bloqueiam estradas pelo país para pressionar o governo a reduzir valor do combustível.
Segundo dia
Alto valor do preço da gasolina faz com que população apoie protestos dos caminhoneiros. Com bloqueio das estradas, abastecimento é prejudicado e filas em postos de combustível viram cenas corriqueiras no país.
Terceiro dia
Presidente da Petrobras, Pedro Parente, anuncia decisão "excepcional" de reduzir em 10% o preço do diesel. Paralisação continua, e Parente é criticado por adotar medidas que deixam o preço do combustível no Brasil vulnerável a variações cambiais e também do barril do petróleo no mercado internacional.
Quarto dia
Grupos infiltrados entre os grevistas tentam direcionar greve para assuntos políticos. Pedidos de intervenção militar ou de apoio a partidos políticos foram identificados pela imprensa brasileira.
Quinto dia
Se em 2013 o Facebook foi o canal preferido para propagação de informações sobre os protestos que tomaram o país, este ano o Whatsapp é o aplicativo da moda. No entanto, muitas notícias falsas sobre a paralisação foram compartilhadas.
Sexto dia
Forças de segurança, como a PRF, são convocadas para tentar evitar conflitos nas rodovias bloqueadas.
Sétimo dia
Temer cede e Governo publica em edição extra no Diário Oficial de domingo (27) medidas que preveem o congelamento do preço do diesel por 60 dias, com redução de R$ 0,46 no preço do litro. O governo federal concordou ainda em eliminar a cobrança de pedágio para eixo suspenso de caminhões vazios em todo o país.
Oitavo dia
Mesmo com o acordo em mãos, vários grupos de caminhoneiros não aceitam voltar ao trabalho e liberar as estradas. Itens básicos começam a faltar nas pretaleiras dos supermercados por causa da falta de abastecimento. Impacto na economia ainda é incalculável, analisam especialistas.
Nono dia
O Brasil parou. Segundo analistas, insatisfação geral da população se juntou às demandas dos caminhoneiros, e país vive um novo momento de protestos gerais, com semelhanças ao que ocorreu em 2013.
Décimo dia
Petroleiros paralisam trabalhos, contrariando Tribunal Superior do Trabalho, que decidiu no dia anterior pela ilegalidade da greve, com previsão de multa diária de R$ 500 mil.