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A "Fórmula Ferrari" acaba em Suzuka?

(am)11 de outubro de 2002

Em meio a muita polêmica sobre possíveis medidas para acabar com a hegemonia da Ferrari, a temporada da Fórmula-1 em 2002 termina neste fim-de-semana, com o Grande Prêmio do Japão.

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Mão erguida para comemorar a vitória: Schumacher e a Ferrari dominaram a temporada 2002Foto: AP

A temporada 2002 da Fórmula-1 foi inteiramente dominada por Michael Schumacher e pela Ferrari. A vantagem da escuderia italiana sobre os concorrentes foi tão marcante, que os "patrões" da categoria máxima do automobilismo, Bernie Ecclestone e Max Mosley, lançaram idéias – algumas delas quase absurdas – para equilibrar a competição a partir do ano que vem. O temor é de que a Fórmula-1 se torne monótona, decepcionando o seu público fiel.

Para o Brasil, a grande novidade deste final de temporada veio da Toyota, cuja central de competições automobilísticas está localizada em Colônia (na Alemanha): a escuderia japonesa contratou Cristiano da Matta para a sua equipe de Fórmula-1. O piloto brasileiro foi campeão da US-Cart-Series em 2002.

Contra mudanças

A proposta de mudanças radicais nos regulamentos da Fórmula-1, a fim de impedir a hegemonia de uma equipe, não obteve o apoio dos principais concorrentes da Ferrari. Tanto McLaren-Mercedes, como BMW-Williams manifestaram-se claramente contrárias a qualquer medida que vise reduzir a defasagem entre as equipes. As grandes escuderias temem ser vítima das novas regras, tão logo recuperem terreno, equiparando-se novamente com o time italiano.

O diretor de automobilismo esportivo da Mercedes, Norbert Haug, ainda vê a Ferrari como favorita para 2003, mas promete uma temporada mais equilibrada: "Já preparamos o caminho e vamos lograr a reviravolta. Nossa equipe da Fórmula-1 nunca esteve tão motivada." A seu ver, não há necessidade de nenhuma modificação dos regulamentos.

Também Frank Williams, chefe da escuderia BMW-Williams, rechaçou definitivamente qualquer providência da FIA para conter a Ferrari. Segundo ele, uma eventual intervenção dos funcionários seria uma tentativa de transformar a categoria máxima do automobilismo em algo inteiramente distinto do que sempre foi a Fórmula-1. Para Williams, a única medida urgente que deveria ser tomada pela FIA é a imposição de correções em alguns dos circuitos de grande prêmio.