1994: Hungria inicia parceria com a Otan
Publicado 8 de fevereiro de 2015Última atualização 8 de fevereiro de 2020Após a derrocada da União Soviética e o fim da Guerra Fria, a tática do Ocidente foi evitar a confrontação com o bloco do Leste e, ao mesmo tempo, preparar futuras filiações à Organização do Tratado do Atlântico Norte.
A aliança militar ocidental adotou a estratégia de aproximar-se dos membros do falido Pacto de Varsóvia, no Leste Europeu. No dia 8 de fevereiro de 1994, a Hungria ingressou no programa Parceria para a Paz da Otan. Com sua filiação, o país finalmente começou a sentir-se "do lado certo", depois de duas guerras perdidas e de uma longa fase de domínio soviético.
Esperanças frustradas
No dia da assinatura do acordo, Geza Ieszenski, ministro do Exterior na época, destacou o papel da Hungria e da Polônia na vitória ocidental na Guerra Fria, sem que fosse disparado um tiro. Mais tarde, Ieszenski lembraria que muitos países vizinhos estavam desiludidos, pois esperavam mais dessa aproximação.
Em dez anos, as Forças Armadas húngaras sofreram profundas reformas. O contingente foi reduzido de 141 mil para 49 mil e o número de generais diminuiu de 144 para 53. O objetivo militar passou a se restringir ao trabalho conjunto com os aliados ocidentais.
O vice-ministro húngaro da Defesa, Zoltán Martiniusz, viu inclusive na Parceria para a Paz um desafio: "É a chance de seus membros provarem do que são capazes. Já os que não querem ser candidatos, como a Suécia e Finlândia, podem colaborar nos programas de defesa ou de prevenção de catástrofes", conclui.
Hoje em dia, a Hungria é membro pleno da aliança, assim como outros ex-satélites da União Soviética.