18 de maio de 1965
O desembarque da rainha deixou a jovem Alemanha Ocidental em polvorosa. Além de ser a visita mais longa, mais cara e mais pomposa de um chefe de Estado ao país no pós-guerra, o fato de vir do país vizinho tinha um significado especial: era a primeira visita de um chefe de Estado britânico desde 1909. Depois disso, duas guerras mundiais distanciaram as duas nações.
Na saudação à rainha, o então presidente alemão, Heinrich Lübke, destacou a importância da visita, como gesto de aproximação entre a Alemanha e o Reino Unido. Elizabeth 2ª, por seu lado, destacou seu interesse em conhecer os alemães. E foi isso que ela fez nos 11 dias de permanência no país.
Políticos e povo
Na época, a imprensa não cansou de salientar que um pouco de sangue alemão corria nas veias da soberana. Afinal, ela descendia da família de nobres Saxônia-Coburg. A rainha e seu séquito viajaram ao longo do Rio Reno, de sul a oeste do país, e depois em direção a Berlim. O roteiro incluiu não só encontros com lideranças políticas, mas também com as pessoas nas ruas.
Em toda parte, a rainha Elizabeth foi recebida com a maior festa pelos alemães. Em Bonn, por exemplo, então sede administrativa da República Federal da Alemanha, ela e o marido foram saudados por 200 mil pessoas. Ao encerrar a maratona de visitas e pouco antes de retornar a Londres, a rainha se disse entusiasmada: "A Alemanha foi maravilhosa".