1914: Atentado que deflagrou a 1ª Guerra Mundial
Publicado 28 de junho de 2016Última atualização 28 de junho de 2024O estudante sérvio chamado Gavrilo Princip, de 19 anos, pertencente a uma associação secreta conhecida como Mão Negra, assassinou o arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono da Áustria, e sua esposa. O atentado acabou deflagrando a Primeira Guerra Mundial.
Ocorrido na cidade de Sarajevo, na Bósnia, o ataque culminou com a declaração de guerra contra a Sérvia por parte do Império Austro-Húngaro. Os países europeus foram, um a um, arrastados para o conflito, que durou quatro anos, de 1914 a 1918.
Francisco Ferdinando foi morto a tiros, a curta distância, enquanto passeava por Sarajevo. A visita era uma tentativa do império, com sede em Viena, de demonstrar força na capital bósnia.
Princip era um dos sete conspiradores espalhados em pontos nevrálgicos da cidade de Sarajevo. Eram todos jovens, entre 17 e 20 anos, membros do movimento nacionalista que pretendia uma Grande Sérvia e inimigos da monarquia dos Habsburg.
Articulador foi outro
O articulador do atentado, entretanto, havia sido outro: o chefe do Departamento Sérvio de Informações, brigadeiro Dragutin Dimitrijevic. Seu objetivo foi evitar que se concretizasse a ideia de Francisco Ferdinando, que queria aumentar a influência dos eslavos em detrimento dos húngaros.
Hoje em dia, não restam dúvidas entre os historiadores de que os responsáveis pela morte do arquiduque – o núcleo do generalato sérvio, apoiado pelo emissário imperial russo em Belgrado – queriam eliminar o sucessor ao trono, cujo objetivo era integrar na sociedade imperial os insatisfeitos grupos étnicos eslavos da monarquia. Desta forma, seria evitado o perigo de uma ruptura dos territórios sulinos, ou seja, a Eslovênia, Croácia, Dalmácia e Bósnia.
A declaração de guerra que deflagraria o primeiro grande conflito mundial foi feito pelo Império Austro-Húngaro à Sérvia a 28 de julho. Foi a primeira de uma série, que acabaria envolvendo toda a Europa.
Em outubro de 1914, o autor e coautores do atentado foram julgados. Entre eles, um colegial de 18 anos, chamado Vaso Djobrilovic, condenado a 16 anos de prisão. Mais tarde, acabou sendo ministro durante cinco anos sob o governo de Tito.