Áustria vai às urnas e reelege atual presidente

Os austríacos reelegeram neste domingo (09/10) o presidente em exercício, Alexander van der Bellen, para mais um mandato de cinco anos, mostraram as primeiras projeções. 

Van der Bellen tem sido visto como um líder estável em um momento de grave crise, quando os custos de energia e a inflação são as principais preocupações dos eleitores na Áustria, país que é membro da União Europeia mas não faz parte da Otan.

As projeções mostram que ele provavelmente obterá mais de 55% dos votos, vencendo em primeiro turno. O segundo colocado é o candidato de extrema direita do Partido da Liberdade (FPÖ), Walter Rosenkranz, que segundo as projeções obteria 18,4% dos votos.

O resultado oficial do pleito deve anunciado nesta segunda-feira, quando serão contabilizados os cerca de 800 mil votos enviados pelo correio. 

Na campanha eleitoral, Van der Bellen foi descrito como "a escolha segura em tempos de tempestade". Ex-líder dos verdes, desta vez ele concorreu como independente.

Outros candidatos

A Áustria, com uma população de cerca de 9 milhões de habitantes, tem aproximadamente 6,4 milhões de eleitores.

Van der Bellen enfrentou seis adversários mas, em seu último comício de campanha, na sexta-feira, disse que seu maior concorrente no domingo seria o sofá, referindo-se à taxa de abstenção, já que na Áustria o voto não é obrigatório. O comparecimento às urnas foi estimado em 65%.

Todos os principais partidos austríacos apoiaram, explícita ou implicitamente, Van der Bellen, exceto o FPÖ. Também na disputa estava o roqueiro punk de 35 anos Dominik Wlazny, fundador do partido Beer, que, entre outras propostas, defende uma fonte de cerveja em Viena. Nas pesquisas eleitorais, ele vinha registrando 10% dos votos.

O presidente austríaco cumpre um mandato de seis anos em um papel em grande parte cerimonial, já que a Áustria é república parlamentarista.

le (AFP, Reuters)