À espera dos reféns libertados
19 de agosto de 2003"Confirmamos oficialmente que eles estão livres, todos os reféns", anunciou em Bamaco o porta-voz do governo do Mali, Seydou Sissouma, na noite de segunda-feira (18/08). O secretário adjunto do Ministério alemão das Relações Exteriores, Jürgen Chrobog, falou de um "dia maravilhoso para o governo alemão".
Depois de postos em liberdade por seus seqüestradores, os turistas europeus, seqüestrados há seis meses na Argélia e posteriormente levados para o Mali, ficaram sob a guarda do governo malinês na cidade de Gao, no norte do país. De lá, foram levados na manhã desta terça-feira para a capital, Bamaco, de onde devem partir para a Europa a bordo de um Transalll das Forças Aéreas alemãs.
Schröder aliviado
O chanceler federal Gerhard Schröder manifestou-se aliviado e feliz com a libertação dos reféns. Aos presidentes da Argélia e do Mali, Abdelaziz Bouteflika e Amadou Toumani Touré, agradeceu a cooperação exemplar. Ao mesmo tempo em que acentuou a necessidade de que os seqüestradores sejam presos e condenados, Schröder lançou um apelo aos turistas no sentido de que dêem mais atenção à questão da segurança ao planejar uma viagem ao exterior.
Atraso na operação
Inicialmente, contava-se com o retorno dos reféns para a Alemanha já na segunda-feira. No entanto, a libertação dos viajantes foi adiada hora após hora. A primeira tentativa dos seqüestradores argelinos de entregar os europeus às autoridades malinesas fracassou no domingo (17/08), segundo relatos dos meios de comunicação. Na segunda, o Transall alemão que já estava em Gao à espera dos reféns, precisou retornar a Bamaco. É possível que o transporte dos viajantes pelo deserto tenha sido dificultado por tempestades de areia ou chuvas.
Estavam ainda em mãos dos seqüestradores 14 turistas europeus, nove da Alemanha, quatro da Suíça e um da Holanda. Eles tinham sido seqüestrados a 22 de fevereiro e 8 de março, juntamente com outros europeus, na parte do deserto do Saara que pertence à Argélia. Em meados de maio, 17 dos reféns foram libertados. A alemã Michaela Spitzer, de 46 anos, não resistiu e morreu, provavelmente de insolação, no dia 28 de junho.