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"Veteranos devem combater terrorismo em Cabo Delgado"

com agências
5 de setembro de 2020

O ministro dos Combatentes de Moçambique, Carlos Siliya, afirmou ao jornal O País que os veteranos da luta de libertação nacional devem contribuir na luta contra a insurgência na província nortenha de Cabo Delgado.

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Ex-combatentes da Luta de Libertação de Moçambique
Ex-combatentes da Luta de Libertação de MoçambiqueFoto: DW/M. Mueia

Os veteranos da luta armada de libertação nacional devem contribuir para estancar o terrorismo na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique. É o que defendeu o ministro dos Combatentes, Carlos Siliya, em Quelimane, segundo o jornal O País. 

"Os combatentes da luta armada devem educar a nova geração de forma a compreenderem que têm a missão de defender a pátria que, neste momento, está a ser atacada pelo terrorismo no norte de Moçambique, mais concretamente na província de Cabo Delgado", disse o ministro.

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Carlos Siliya afirmou ainda que a educação dos jovens é fundamental. Eduardo Mauáua, veterano da luta de libertação nacional, não poupou críticas aos elementos das Forças Armadas que se entregam aos terroristas, alegando que os insurgentes pagam melhor que o Governo: "Isto não pode acontecer, porque o povo deve estar em primeiro lugar", disse ao O País.

O ministro dos Combatentes acrescentou que o processo de registo dos veteranos da luta de libertação nacional para atribuição das pensões já está encerrado.

"Todos os veteranos têm pensões fixadas no país. Neste momento, o processo de registo em curso é para os combatentes da defesa da soberania e integridade territorial, mas somente para aqueles que estão abrangidos no processo dos Acordos Geral da Paz. Espera-se que até ao fim do quinquénio o registo destes termine", disse Carlos Siliya ao jornal moçambicano.

Comemorações

Na segunda-feira, o ministro vai participar em Quelimane das cerimónias centrais do dia 7 de Setembro. O lema das comemorações deste ano é "Combatente firme na promoção do patriotismo e do desenvolvimento". Este tema foi escolhido devido à atual situação de insurgência na província nortenha de Cabo Delgado.

O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, é aguardado na província da Zambézia para orientar as cerimónias centrais das comemorações do dia dos Acordos de Lusaka.

Na mesma ocasião, Nyusi vai condecorar 25 veteranos da luta de libertação nacional. A cerimónia vai se repetir nas demais províncias. Os secretários de Estado vão condecorar cerca de 100 combatentes.

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