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UNITA pede esclarecimentos sobre acórdão do Tribunal

Lusa
25 de outubro de 2021

A UNITA envia carta ao Tribunal Constitucional para aclarar dúvidas sobre acórdão que determina anulação do XIII Congresso e destituição de Adalberto da Costa Júnior. Partido realiza novo congresso até 4 de dezembro.

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 Rocha Pinto & CazengaAngola Luanda - UNITA - Ende des Wahlkampfs
Foto: DW/A. Cascais

À saída da cerimónia em que tomou posse como conselheiro da República, no Palácio Presidencial, em Luanda, Isaías Samakuva, quando questionado sobre o acórdão do Tribunal Constitucional (TC) que determinou o afastamento de Adalberto da Costa Júnior e o seu regresso à liderança do partido, considerou que o documento "é difícil de entender na sua íntegra", pelo que escreveu uma carta "para pedir esclarecimentos de certas dúvidas que surgiram ao ler o acórdão", sem entrar em detalhes.

O Tribunal Constitucional de Angola anulou o XIII Congresso da UNITA dando razão a um grupo de militantes da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), que requereu a nulidade do congresso invocando várias irregularidades.

Entre as alegadas irregularidades consta a dupla nacionalidade de Adalberto da Costa Júnior à data de apresentação da sua candidatura às eleições do XIII Congresso.

Na semana passada, a UNITA decidiu agendar um novo congresso que deverá realizar-se até 04 de dezembro.

 UNITA kündigt Kongress zur Bestimmung des Parteipräsidenten an Isaías Samakuva
Reunião da Comissão política da UNITAFoto: Borralho Ndomba/DW

"Decidiu-se que devíamos procurar realizar o congresso o mais rapidamente possível", disse Isaías Samakuva aos jornalistas, mostrando-se convicto de que o conclave acontecerá em cerca de um mês.

Congresso dentro de um mês

"Normalmente, preparamos em quatro meses, mas tendo em consideração determinadas tarefas que foram feitas no pleito anterior achamos que poderíamos procurar trabalhar afincadamente e fazer o congresso nesse período de tempo, pouco mais ou menos em 40 dias, a pratica dirá, isso exige trabalho, dedicação e esperamos que seja possível", salientou.

Samakuva afirmou estar preparado para voltar a ser membro do Conselho da República, no quadro das responsabilidades que lhe competem enquanto presidente da UNITA. 

"Como tive ocasião de dizer na altura do juramento, esta responsabilidade leva-nos a trabalhar para a unidade nacional, a estar mais próximos do senhor Presidente, dar o nosso saber, a nossa experiência e poder ajudar naquilo que for necessário", afirmou.

A tomada de posse antecedeu a sessão do Conselho de República convocada na semana passada por João Lourenço para abordar a situação da Covid-19 em Angola, apresentar o relatório do processo de auscultação pública sobre a alteração da Divisão Política Administrativa e falar sobre a preparação do processo eleitoral.

Angola vai realizar eleições gerais em 2022.

 

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