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Ucrânia: Governo de Angola vai retirar cidadãos residentes

Lusa
26 de fevereiro de 2022

Ministério das Relações Exteriores da República de Angola (MIREX) disse que vai retirar angolanos residentes nas áreas da Ucrânia afetadas pelo conflito, e que "tudo fará para salvaguardar a vida dos seus cidadãos".

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Ukraine - Rauchschwaden Kiew
Foto: Gleb Garanich/REUTERS

O Ministério das Relações Exteriores da República de Angola (MIREX) disse está a trabalhar "afincadamente" com as suas representações diplomáticas na Rússia e na Polónia para retirar os angolanos residentes nas áreas da Ucrânia afetadas pelo conflito.

Segundo uma nota do gabinete de imprensa do MIREX, divulgada hoje (26.02), o Governo de Luanda tem estado a acompanhar a situação dos angolanos residentes naquele país, "face à escalada de tensão que se verifica nesta parte da Europa do Leste" e tudo fará para salvaguardar a vida dos seus cidadãos residentes na Ucrânia.

Bombardeamento em várias cidades

A Rússia lançou na quinta-feira (24.2) de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia,com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e 'desnazificar'" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo de seus "resultados" e "relevância".

Ukraine ukrainische Soldaten in Kiew
Soldado ucraniano em Kiev, capital da Ucrânia, onde os ataques intensificam-se desde quinta-feira (24.2).Foto: Emilio Morenatti/AP Photo/picture alliance

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.

Neste sábado (26.2), terceiro dia após o início dos ataques russos, os confrontos intensificam-se durante madrugada na capital ucraniana, Kiev, com militares russos a avançar sobre por terra e ar.

Mortos e refugiados

A Ucrânia contabilizou hoje pelo menos 198 mortes no país devido a ataques desde a última quinta-feira (24.02). Mais de 120 mil pessoas já fugiram do país, segundo dados da agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR). Este é o segundo balanço de mortes divulgado pelo Governo ucraniano desde o início da guerra empreendida pela Rússia.

Segundo informou o porta-voz da presidência ucraniana, Mykhailo Podoliak, no primeiro relatório militar deste sábado, as baixas russas nos confrontos no país chegaram a 3.500 e 200 militares do país vizinho foram capturados.

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