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DesastresTurquia

Novo sismo na Turquia: Pelo menos seis mortos e 300 feridos

DW (Deutsche Welle) | Lusa
21 de fevereiro de 2023

Pelo menos seis pessoas morreram e perto de 300 ficaram feridas em dois sismos de magnitude 6,4 e 5,8 que atingiram a província turca de Hatay na segunda-feira à noite. Novos tremores de terra desencadearam o pânico.

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Dois novos sismos atingiram a província turca de Hatay na segunda-feira (20.02)
Dois novos sismos atingiram a província turca de Hatay na segunda-feira (20.02)Foto: Umit Bektas/REUTERS

Segundo os números mais recentes do Ministério da Saúde da Turquia, até ao momento foram identificados 294 feridos, 18 dos quais em estado crítico. 

O terramoto principal foi registado a sul da cidade de Antioquia, na província de Hatay, uma das 11 regiões turcas devastadas há 15 dias por dois sismos que mataram pelo menos 44 mil pessoas, na Turquia e na Síria.

A busca por sobreviventes dos dois novos sismos prossegue em Defne e Samadang, onde o segundo sismo teve o epicentro, três minutos após o primeiro, com uma magnitude de 5,8.

O abalo mais forte do sismo desta segunda-feira (20.02) foi sentido na Síria, na Jordânia, no Chipre, em Israel e até no Egito.

"O sismo foi forte como o primeiro mas não durou muito. Assustou as pessoas, que correram para as ruas", conta o ativista sírio Abdel Kafi.

Tremores de terra voltaram a provocar pânico em Hatay
Tremores de terra voltaram a provocar pânico em HatayFoto: Clodagh Kilcoyne/REUTERS

População em pânico

Os novos abalos provocaram o pânico. As autoridades turcas apelaram ao envio urgente de tendas, uma vez que a população não quer voltar às casas por recear que os edifícios possam ruir.

Lutfu Savas, presidente da câmara de Hatay, disse que vários edifícios ruíram, soterrando pessoas que tinham regressado a casa ou estavam a tentar retirar mobiliário de habitanções danificadas.

Os sismos também provocaram uma debandada na Síria, com algumas pessoas a saltarem de edifícios, de acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos com sede no Reino Unido.

O Presidente turco Recep Tayyip Erdogan (à esq.) recebeu o secretário de Estado norte-americano Antony Blinken em Ancara (20.02.2023)
O Presidente turco Recep Tayyip Erdogan (à esq.) recebeu o secretário de Estado norte-americano Antony Blinken em Ancara (20.02.2023)Foto: Burhan Ozbilici/AFP/Getty Images

EUA prometem ajudar "o tempo que for necessário"

Horas antes dos mais recentes terramotos, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, de visita à Turquia, prometeu que o governo dos EUA ajudará o país "durante o tempo que for necessário".

Binken prometeu mais 100 milhões de dólares de ajuda, após uma viagem de helicóptero à devastada província de Hatay.

Na segunda-feira (20.02), o secretário dos EUA também se encontrou com o seu homólogo turco, Mevlut Cavusoglu, e com o Presidente Recep Tayyip Erdogan.

Erdogan disse que as obras de construção de quase 200.000 apartamentos em 11 províncias da Turquia atingidas pelo terramoto começam no próximo mês.

Blinken elogiou também o trabalho dos "capacetes brancos" sírios e das equipas de busca e salvamento que prestaram assistência às vítimas do terramoto.

Presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, num evento em Berlim pelas vítimas dos sismos
Presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, num evento em Berlim pelas vítimas dos sismosFoto: Christian Ditsch/epd/IMAGO

Alemanha pede ajuda "duradoura"

Também na segunda-feira (20.02), o Presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, apelou aos alemães a demonstrar "solidariedade duradoura" com as pessoas afetadas pelos terramotos na Síria e na Turquia.

"A nossa humanidade continua a ser procurada, mesmo depois de as imagens dos terramotos serem substituídas nas notícias diárias", disse Steinmeier, num evento em Berlim organizado pela comunidade turca na Alemanha e pela associação VDSH que reúne várias organizações de ajuda germano-síria.

A Alemanha já enviou 82 toneladas de ajuda humanitária para a região e também contribuiu com 26 milhões de euros em ajuda humanitária para pessoas na Síria.

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