Líder da oposição não se candidata a primeiro-ministro
26 de novembro de 2017"Fiz cedências, abstendo-me de ocupar o cargo de primeiro-ministro para facilitar o entendimento entre ambas as partes e facilitar a unidade e coesão dentro do partido", afirmou Aurélio Martins, presidente do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe - Partido Social Democrata (MLSTP-PSD), a principal força da oposição no país.
O partido esteve reunido, este sábado (25.11), em Conferência Nacional, sob o lema é "Unir, Renovar para ganhar o Futuro", num quadro de divisão interna.
"Saímos daqui fortalecidos por termos todos como única palavra amar o MLSTP, amar São Tomé e Príncipe. O sinal dado aqui e o compromisso que trago comigo serão o melhor para encontrarmos, de facto, a unidade e coesão interna entre os militantes do MLSTP-PSD", assegurou Aurélio Martins.
A reunião do MLSTP-PSD decorreu num contexto de crise interna com duas alas: uma composta pela atual direção, eleita em congresso em novembro de 2015; e outra pela chamada ala revitalizadora, integrada pelos antigos primeiros-ministros, Guilherme Pósser da Costa e Joaquim Rafael Branco.
O líder partidário minimizou, contudo, as querelas internas. "O MLSTP vai forte e unido para os desafios de 2018 (eleições legislativas e autárquicas)", garantiu Aurélio Martins, mesmo que ainda subsista alguma "desconfiança entre a velha e nova geração".
Durante os debates, a ala dos revitalizadores do partido propôs a realização de um congresso antes das eleições. A iniciativa foi mal acolhida pela maioria dos delegados à conferência, mas ficou decidido que a proposta será remetida para um conselho nacional alargado, ainda sem data marcada.
Aurélio Martins prometeu igualmente realizar um congresso da juventude do partido "no princípio do próximo ano".
Este domingo (26.11), o MLSTP-PSD realiza um comício de "fecho da conferência" na cidade de Angolares, capital do Distrito de Caué, situada a 45 quilómetros a sul da capital.