1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Embaló no Burkina Faso para acelerar transição democrática

Lusa
25 de julho de 2022

PR da Guiné-Bissau está no Burkina Faso em nome da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO). O objetivo é abordar com a junta militar o processo de transição, após o golpe de Estado de janeiro.

https://p.dw.com/p/4Eayp
Foto: Pressebüro der Präsidentschaft der Republik Guinea-Bissau/Jakadi

"Obrigado ao Presidente [do Burkina Faso, Paul-Henri Sandaogo] Damiba pela sua calorosa receção em Ouagadougou, onde me encontro desde domingo para uma visita de trabalho como presidente da CEDEAO, escreveu em francês Umaro Sissoco Embaló na sua conta do Twitter.

Na mensagem, Embaló disse estar com o antigo Presidente do Níger Mahamadou Issoufou para reforçar os esforços do bloco regional na aceleração do calendário até às eleições e o regresso à normalidade democrática, depois do derrube do antigo chefe de Estado do Burkina Faso Marc Christian Kaboré.

O encontro com Damiba resultou numa "discussão muito boa" e, diz o Presidente guineense, "há um consenso sobre o prazo de 24 meses [para completar a transição] e foi sublinhada a importância deste prazo".

Para Embaló, as principais prioridades do Burkina Faso são "o desafio da segurança, as questões humanitárias, o regresso à ordem constitucional e a mobilização de recursos".

Segurança no país

Por outro lado, o chefe de Estado destacou também a importância de abordar a degradação da segurança no país, afetado pelo aumento dos ataques por parte de grupos extremistas, e que é "um assunto regional" que afeta outros países da região do Sahel.

O golpe foi levado a cabo por Damiba após um motim dos militares em protesto contra a insegurança e a falta de recursos para lidar com o extremismo violento, levando os soldados a exigir a demissão de Kaboré e de outros membros dirigentes das forças de segurança.

Globalmente, o país africano registou um aumento significativo de ataques desde 2015, tanto por parte da Al-Qaida como dos Estados islâmicos filiados na região, que também contribuíram para um aumento da violência e levaram a um florescimento de milícias populares.

18 meses de golpes e tentativas de golpe na África Ocidental