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Setor de microfinanças pretende atingir maioria dos moçambicanos

19 de abril de 2011

Cerca de 80% dos moçambicanos não têm acesso a serviços financeiros e contas bancárias. Daí que a Associação dos Operadores de Micro-finanças no país pense em criar produtos e serviços que sirvam mais pessoas.

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É o pequeno comércio, como o da imagem, que recorre com alguma frequência ao micro-crédito
É o pequeno comércio, como o da imagem, que recorre com alguma frequência ao micro-créditoFoto: Ismael Miquidade

O objetivo é satisfazer tanto a procura como a oferta. O meio para lá chegar passará por uma estratégia financeira, segundo a Associação dos Operadores de Microfinanças em Moçambique. A estratégia ainda não está finalizada, mas visa alcançar os cerca de 80% da população, que ainda não têm acesso ao serviço financeiro nem a contas bancárias. Entretanto, o setor de microfinanças encontra dificuldades em aceder ao tipo de produto oferecido. Francisco Taca, Presidente da Associação dos Operadores de Microfinanças, lembra que "mais de metade da população moçambicana no ativo não está envolvida no setor formal de trabalho".

Segundo Taca, é importante que se criem os produtos e serviços adequados às necessidades para que "o crescimento seja sustentável" e possa alcançar todos os quadros de atividade dos moçambicanos.

Alargar o acesso ao micro-crédito

A população das zonas rurais é a que mais dificuldades tem em aceder aos micro-créditos
A população das zonas rurais é a que mais dificuldades tem em aceder aos micro-créditosFoto: DW

As microfinanças em Moçambique assumem papel fundamental no desenvolvimento do país, sobretudo para permitir que as populações de baixa renda possam ter acesso a estes serviços de forma contínua e abrangente. No entanto, é necessário o apoio do Executivo. Há desenvolvimento visível por parte do Estado, conta Francisco Taca, mas "ainda há espaço para melhorar". Isto, porque, continua, "não é possível aplicar os mesmos métodos num exercício de microfinanças e na banca comercial". Dentro deste cenário, existem alguns operadores que estão a trabalhar sem licença do Banco Central e a Associação dos Operadores de Microfinanças defende o atual quadro legal no exercício desta atividade.

A Cooperação Técnica Alemã em Moçambique, GTZ, presta apoio à Associação dos Operadores de Microfinanças através de projetos de acesso às finanças do Ministério das Finanças de Moçambique.

Autor: Romeu da Silva (Maputo)/Nádia Issufo

Revisão: Marta Barroso

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