São Tomé: Presidente defende reorganizar forças armadas
7 de setembro de 2019O Presidente são-tomense, Evaristo Carvalho, defendeu nesta sexta-feira (06.9) a reorganização das forças armadas de São Tomé e Príncipe, adaptando-a ao contexto de micro estado que goza de uma extensa fronteira situada numa sub-região bastante "agitada e cobiçada".
"Com uma reduzida população, mas gozando de uma extensa fronteira marítima rica em recursos marinhos, numa sub-região extremamente agitada e cobiçada, as nossas forças armadas devem ter a todo instante o conhecimento adequado e o sentido exato do seu papel", disse o chefe de Estado.
Evaristo Carvalho falava durante as comemorações do Dia das Forças Armadas e reconheceu "as transformações permanentes" que têm sido feitas no exército ao longo dos últimos 44 anos, "com sucesso e revezes", mas "sempre com a companhia" dos "amigos e parceiros tradicionais de cooperação técnico militar".
Nesse âmbito, elogiou a cooperação com Angola, Estados Unidos da América, Brasil e Portugal, para as quais endereçou "sinceros agradecimentos".
"Novas ameaças"
Discursando na cerimónia de juramento de bandeira de mais de 370 novos soldados, o também comandante supremo das forças armadas sublinhou a importância de um novo modelo de estrutura e organização "para fazer face as assimetrias das novas ameaças".
O chefe de Estado são-tomense considerou importante esta reestruturação, sublinhando que "hoje e no futuro, num mundo que se globaliza cada dia mais, e onde o velho conceito de soberania nacional padece seriamente de forte erosão e vê-se confrontado com novas ameaças".
"Decorridas mais de quatro décadas e considerando a rápida evolução, as forças armadas têm de se adaptar constantemente à nossa realidade e às nossas necessidades reais de segurança, sem que sejam postos em causa os princípios fundamentais de estado de direito democrático e os valores essenciais de uma forças armadas republicana, comprometida com a constituição, as leis e os direitos humanos", disse.
O Presidente são-tomense instou o Governo que a reorganização das forças armadas deve ser feita porque dela depende a "sobrevivência" e o "futuro como nação livre, independente, progressista e democrática".