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Rússia sanciona procurador do TPI e cidadãos britânicos

Lusa
18 de agosto de 2023

A Rússia anunciou hoje a imposição de sanções ao procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI), Karim Khan, que emitiu em meados de março um mandado de captura do Presidente russo, Vladimir Putin.

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Tribunal Penal Internacional, em Haia
Foto: Vincent Isore/IP3press/imago images

No total, 54 pessoas foram adicionadas à lista russa de sanções a cidadãos britânicos, indicou a diplomacia russa.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros russo disse que as novas sanções se devem ao "apoio militar inabalável de Londres" a Kiev e à "aplicação agressiva  [...] de uma política antirrussa hostil", após quase um ano e meio de guerra na Ucrânia.

Já o procurador do TPI, o também britânico Karim Khan, está na mira de Moscovo desde que emitiu, em março, um mandado de captura para Putin, acusando o chefe de Estado russo de crimes de guerra pela "deportação ilegal" de milhares de crianças ucranianas no contexto da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, acusações que são rejeitadas por Moscovo.

Em meados de maio, o Ministério do Interior russo colocou Khan, então, na lista das pessoas procuradas na Rússia.

Russland Moskau | Präsident Putin leitet Videokonferenz zu wirtschaftlichen Themen im Kreml
Vladimir Putin, Presidente da RússiaFoto: Alexander Kazakov/AP Photo/picture alliance

Entre os outros visados pelas novas sanções, estão a ministra da Cultura, da Comunicação Social e do Desporto britânica, Lucy Frazer, "que está a exercer ativamente pressão para o isolamento desportivo internacional da Rússia, e a vice-ministra da Defesa britânica, Annabel Goldie, que é responsável pelo fornecimento de armas à Ucrânia", pode ler-se no comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.

São também sancionados jornalistas britânicos da estação televisiva pública BBC e dos diários The Guardian e The Daily Telegraph, acusados por Moscovo de estarem "envolvidos" na "difusão de informações falsas" sobre a Rússia e no "apoio à informação e à propaganda das atividades" de Kiev.

Desde a eclosão da guerra na Ucrânia, a 24 de fevereiro de 2022, Londres é um dos principais apoiantes financeiros e militares de Kiev, uma posição amplamente condenada por Moscovo.

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