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Ruanda: a união é a condição para a reconstrução

4 de julho de 2009

Em 1994, membros da etnia maioritária hutu no Ruanda chacinaram quase um milhão de tutsis e hutus moderados, sem que a comunidade internacional interviesse. Hoje, o Ruanda esforça-se por reconciliar as duas etnias.

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Algumas crianças ruandesas expressam as suas duras vivências do tempo do genocídio através do teatro.Foto: DW / Harjes

Antes do genocídio a vida caminhava mais ou menos dentro dos carris no Ruanda. Mas em 1994 tudo mudou quando a Interhamwe, a milícia hutu, chacinou famílias neste país. Os traumas estão presentes nas vidas de muitos ruandeses. Nas suas memórias estão histórias de violações de crianças e mulheres diante dos seus familiares, mortes macabras e muitas outras coisas. Estes actos constituiam orgulho para a Interhamwe.

Os tutsis que eram perseguidos pelos hutus tinham de fugir constantente. As igrejas serviram muitas vezes de abrigo. Mas o perigo estava sempre eminente, as milicias hutu estavam nas estradas. Este genocídio fez com que vizinhos se matassem sem motivo e provocou traumas principalmente nas crianças ruandesas.