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RENAMO assinala cinco anos da morte do "herói" Dhlakama

Bernardo Jequete (Manica)
3 de maio de 2023

O maior partido da oposição em Moçambique relembrou hoje o legado do seu líder histórico, que morreu a 3 de maio de 2018. Cinco anos depois, RENAMO pede "reconhecimento" dos feitos de Dhlakama e a "união" do partido.

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Mosambik  Afonso Dhlakama
Foto: Getty Images/S. Costa

A Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), maior partido da oposição em Moçambique, homenageou esta quarta-feira (03.05) os feitos e legado de Afonso Dhlakama, que morreu neste dia, em 2018.

A cerimónia de homenagem teve lugar na terra natal do líder histórico do partido, no distrito de Chibabava, localidade de Mangunde, província de Sofala.

Ossufo Momade, atual líder da RENAMO
Ossufo Momade, atual líder da RENAMOFoto: Bernardo Jequete/DW

O atual presidente da RENAMO, Ossufo Momade, dirigiu as homenagens, frisando que a data da morte de Afonso Dhlakama ficou marcada de forma indelével nos rostos dos membros daquela formação partidária.

Momade lembrou que Afonso Dhlakama "lutou incansavelmente para o bem-estar da população moçambicana, com a sua bravura e imbuído de espírito de resgatar o povo do abismo em que se encontrava".

"Decorridas longas décadas de luta e sacrifício de Afonso Dhlakama, seus feitos são inquestionáveis, sendo por isso que Moçambique o reconhece como herói nacional", afirmou. "Essa comemoração é um momento ímpar para enaltecer e homenagear esta voz que nunca morre".

"Também neste dia, prestemos o nosso reconhecimento e homenagem ao destemido comandante em chefe André Matade Matsangaíssa, com quem Afonso Dhlakama iniciou a luta pela democracia e pelos direitos e liberdade individual, daí a nossa eterna continência", pediu ainda o líder da RENAMO.

Dhlakama foi sepultado a 10 de maio de 2018, na sua aldeia natal
Dhlakama foi sepultado a 10 de maio de 2018, na sua aldeia natalFoto: Bernardo Jequete/DW

Um "vazio na família"

Em representação da família, Elias Dhlakama, irmão mais novo do líder histórico da RENAMO, disse que Dhlakama foi um amigo de trincheira e comandante em chefe, daí que os seus feitos devem ser recordados pelos membros e governantes do país. 

"O Afonso Dhlakama, como família, deixou um vazio, porque resolvia problemas de cada um na família", explicou. "Quer na família quer no partido, perdemos um grande homem".

Elias Dhlakama aproveitou a ocasião para deixar um apelo aos apoiantes da RENAMO: "Apelar à nossa união, porque nós sentimos que a FRELIMO [Frente de Libertação de Moçambique, no poder] está fragilizada e, da maneira que está fragilizada, nós temos o caminho limpo para ganhar as eleições municipais e gerais, e todos juntos devemos envolver-nos no recenseamento eleitoral".

A cerimónia de homenagem dos cinco anos da morte do líder do maior partido da oposição foi celebrada sob o lema "Dhlakama: A voz da verdade ontem, compreendida hoje" e incluiu várias atividades culturais e a deposição de uma coroa de flores no túmulo do líder histórico do partido.

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