Regimes do Níger, Mali e Burkina Faso reforçam cooperação
1 de janeiro de 2024Falando numa conferência de imprensa no final dum encontro do Presidente da junta militar que governa o Níger, Abdourahamane Tiani, com os primeiros-ministros dos governos transitórios do Níger, Ali Lamine Zeine, do Burkina Faso, Apollinaire Kyélem de Tambela, e do Mali, Choguel Maiga, este afirmou que a AES vai para além de questões de segurança, visando ser "uma zona de prosperidade" para os povos destes países.
O Mali, o Níger e o Burkina Faso são governados por juntas militares que chegaram ao poder através de golpes de Estado e criaram uma aliança militar que dizem alargar-se a áreas económicas e comerciais.
Os três primeiros-ministros reuniram-se com Tiani, protagonista do golpe de Estado de 26 de julho último contra o Presidente deposto, Mohamed Bazhoum, no sábado (30.12), depois de terem assistido, em Niamey, à celebração da retirada dos últimos soldados franceses que se mantiveram no Níger na última década, no âmbito da luta contra o terrorismo no país.
Após o golpe de Estado, as relações entre a junta militar nigerina e a França degradaram-se, tendo as novas autoridades ordenado a expulsão do embaixador francês e exigido a retirada dos 1.500 soldados que estavam no país.
O mesmo sentimento anti francês tem-se verificado no Mali e no Burkina Faso, que exigiram igualmente a retirada das tropas francesas dos seus territórios.