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Regimes do Níger, Mali e Burkina Faso reforçam cooperação

Lusa
1 de janeiro de 2024

O Níger, o Mali e o Burkina Faso, que criaram em setembro a Aliança dos Estados do Sahel (AES), acordaram reforçar a cooperação em vários âmbitos. Os três países são governados por juntas militares

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Assimi Goïta, Abdourahamane Tiani e Ibrahim Traoré, líderes das juntas militares em exercício no Mali, Níger e Burkina Faso, respetivamente
Assimi Goïta, Abdourahamane Tiani e Ibrahim Traoré, líderes das juntas militares em exercício no Mali, Níger e Burkina Faso, respetivamenteFoto: Francis Kokoroko/REUTERS; ORTN - Télé Sahel/AFP/Getty; Mikhail Metzel/TASS/picture alliance

Falando numa conferência de imprensa no final dum encontro do Presidente da junta militar que governa o Níger, Abdourahamane Tiani, com os primeiros-ministros dos governos transitórios do Níger, Ali Lamine Zeine, do Burkina Faso, Apollinaire Kyélem de Tambela, e do Mali, Choguel Maiga, este afirmou que a AES vai para além de questões de segurança, visando ser "uma zona de prosperidade" para os povos destes países.

O Mali, o Níger e o Burkina Faso são governados por juntas militares que chegaram ao poder através de golpes de Estado e criaram uma aliança militar que dizem alargar-se a áreas económicas e comerciais.

Os três primeiros-ministros reuniram-se com Tiani, protagonista do golpe de Estado de 26 de julho último contra o Presidente deposto, Mohamed Bazhoum, no sábado (30.12), depois de terem assistido, em Niamey, à celebração da retirada dos últimos soldados franceses que se mantiveram no Níger na última década, no âmbito da luta contra o terrorismo no país.

Após o golpe de Estado, as relações entre a junta militar nigerina e a França degradaram-se, tendo as novas autoridades ordenado a expulsão do embaixador francês e exigido a retirada dos 1.500 soldados que estavam no país.

O mesmo sentimento anti francês tem-se verificado no Mali e no Burkina Faso, que exigiram igualmente a retirada das tropas francesas dos seus territórios.