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RDC: Milhares de deslocados devido a combates

AFP | Lusa | tms
18 de maio de 2019

Milhares de civis estão a fugir dos combates entre o exército da República Democrática do Congo (RDC) e as milícias no leste do país. Nações Unidas tentam evitar novos ataques.

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Soldado da MONUSCO na província do Kivu do Norte (Foto de arquivo/2017)Foto: DW/Flávio Forner

A informação de que milhares de civis estão em fuga por causa dos combates entre as forças do Governo e as milícias na província do Kivu do Sul, no leste do país, foi confirmada por uma autoridade local, segundo divulgou na noite desta sexta-feira (17.05) a agência de notícias France Press.

As pessoas deslocadas estão no território de Fizi, na comuna rural de Minembwe. O vice-presidente da região, Charles Sadiki, estima que 25 mil pessoas estejam no centro de Minembwe.

"Eles estão a fugir dos combates, as suas casas foram queimadas, saqueadas e as pessoas estão a passar a noite fora. Não há abrigo, alimentos ou ajuda", afirmou Charles Sadiki.

O vice-presidente da região acrescentou que os grupos armados estão a ser "apoiados por grupos armados estrangeiros" e que foram ouvidos tiros nos arredores de Minembwe. "Existem conflitos tribais. Cada tribo tem o seu grupo armado, diria que é um combate selvagem", frisou.

Províncias-alvo

A força da Missão das Nações Unidas na RDC (MONUSCO) anunciou esta semana que repeliu ataques em Minembwe. Entretanto, dezenas de grupos armados estão ativos nas duas províncias do Norte e do Sul de Kivu.

Na cidade de Beni, em Kivu do Norte, uma autoridade local disse que cinco civis e um soldado foram mortos na sexta-feira num ataque atribuído às Forças Democráticas Aliadas (ADF).

"Os civis foram surpreendidos pela ADF, que matou cinco deles e sequestrou dois", disse à AFP um administrador de Beni. "Um soldado foi morto e outro ferido, e a busca continua" para os sequestrados, acrescentou o porta-voz do exército, Mak Hazukay.

A ADF, forçada a sair do Uganda em meados dos anos 90, é frequentemente acusada pelas autoridades da RDC de ocuparem posições militares no Kivu do Norte.

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