Queda de avião ucraniano em Teerão sem sobreviventes
8 de janeiro de 2020Pelo menos 170 pessoas, entre passageiros e tripulantes, seguiam a bordo do Boeing 737, que se despenhou pouco depois de descolar do aeroporto internacional Imam Khomeini, em Teerão.
Segundo agências internacionais, o avião da Ukraine International Airlines caiu num terreno agrícola a sudoeste de Teerão, para onde já foi mobilizada uma equipa de investigação.
As primeiras indicações disponibilizadas pelas autoridades iranianas apontaram para a existência de problemas mecânicos.
O acidente ocorreu horas depois do lançamento de dezenas de mísseis iranianos contra duas bases em Ain Assad e Arbil, no Iraque, utilizadas pelo exército norte-americano, numa operação de vingança pela morte do general iraniano Qassem Soleimani.
Companhias aéreas redirecionam voos
Entretanto, algumas companhias aéreas comerciais redirecionaram hoje voos que cruzam o Médio Oriente para evitar eventuais perigos no meio da crescente tensão entre os Estados Unidos e o Irão.
A transportadora australiana Qantas disse que estava a alterar as suas rotas de Londres para Perth, na Austrália, para evitar o espaço aéreo do Irão e do Iraque até novo aviso. A rota mais longa significa que a Qantas terá de transportar menos passageiros e usar mais combustível para permanecer no ar por mais 40 a 50 minutos.
As companhias aéreas Emirates e Flydubai, dos Emirados Árabes Unidos, cancelaram os seus voos para Bagdade nos seus sites na internet depois dos ataques com mísseis do Irão contra duas bases em território iraquiano que albergam militares norte-americanos.
Fonte da Flightradar, que monitoriza o tráfego aéreo, disse hoje que dois voos da Emirates fizeram uma rota diferente para evitar a passagem pelo Iraque, enquanto um voo da Air Canada para o Dubai foi forçado a redirecionar o trajeto pelo Egito e Arábia Saudita
A companhia aérea Malaysia Airlines confirmou que "devido aos recentes acontecimentos" os seus aviões evitariam o espaço aéreo iraniano. A Singapore Airlines também disse que os seus voos para a Europa seriam redirecionados para evitar o espaço aéreo do Irão.
A Administração Federal de Aviação (FAA) dos EUA disse que estava a proibir pilotos e transportadoras americanas de voar nalgumas áreas do Iraque, Irão e nalgum espaço aéreo do Golfo Pérsico. Alertou ainda para o "potencial de erro de cálculo ou identificação errónea" de aeronaves civis mo meio da escalada da tensão entre os EUA e o Irão.