Pelo menos 56 mortos em protestos na Nigéria
22 de outubro de 2020"O número mantém-se em 56", afirma Isa Sunasi, responsável pela comunicação da Amnistia Internacional na Nigéria. A organização de defesa dos direitos humanos exortou as forças de segurança a "agirem com contenção e precaução" e a respeitarem "o direito à liberdade de reunião e de movimento" dos nigerianos.
Segundo a Amnistia Internacional, só na terça-feira morreram 38 pessoas em Lagos, onde soldados abriram fogo sobre os manifestantes – tanto membros das forças de segurança como bandidos alegadamente contratados pelas autoridades.
Buhari lamenta mortes "desnecessárias"
Sob o lema "#EndSARS", os manifestantes têm protestado contra a Brigada Especial Anti-Roubo da Polícia Nigeriana, acusada de detenções arbitrárias, torturas e execuções extrajudiciais. A unidade foi entretando dissolvida.
Esta quinta-feira (22.10), o chefe de Estado nigeriano lamentou que "vidas humanas se tenham perdido" durante os protestos.
Muhammadu Buhari avisou ainda os manifestantes que não permitirá que ponham "em perigo a paz e a segurança nacional".
"Entristece-me profundamente que vidas inocentes tenham sido perdidas. Estas tragédias são injustificadas e desnecessárias", disse Buhari numa mensagem à nação.
O Presidente nigeriano apelou à população para "resistir à tentação de ser utilizado por elementos subversivos para causar o caos e matar" a democracia.