Paisagens deslumbrantes pós-chuva: "Agora sim estamos em Cabo Verde"

São imagens de tirar o fôlego. O cenário repete-se um pouco por todo o arquipélago. Campos áridos e secos, que "gritavam" por chuva, estão agora cobertos por um manto verde. "Agora sim estamos em Cabo Verde!" é a frase que muitos têm proferido após a queda das primeiras chuvas.

Cabo Verde enfrentou secas severas nos últimos cinco anos. Em 2018, o país registou a sua pior seca desde 1977. Essas estiagens provocaram a destruição de áreas de cultivo e a morte de animais. Além disso, levaram ao aumento da emigração.

Ao contrário do que previam os dados pluviométricos oficiais, este ano, tal como nos anteriores, as primeiras chuvas demoraram a cair. A situação deixou os cidadãos preocupados. Na ilha de Santiago, grande parte das primeiras sementeiras foi perdida. No entanto, chuvas abundantes caídas em setembro e outubro trouxeram esperança.

Em Cabo Verde, não é todos os dias que se vivencia este cenário: onde as ribeiras se transformam em autênticos rios que alimentam as barragens, fazendo várias delas transbordar, para a alegria de todos. Na imagem podemos ver a zona de Xôxo, na ilha de Santo Antão. Não é um paraíso?

Agora, todos os caminhos levam ao interior das ilhas. As barragens e as ribeiras são as maiores atrações para aqueles que querem descobrir as maravilhas do arquipélago. Nas redes sociais, não faltam anúncios de excursões a lugares como a barragem de Principal (na foto), no interior da ilha de Santiago.

Cabo-verdianos nas ilhas e na diáspora têm usado a internet para partilhar com o mundo imagens de vistas e paisagens deslumbrantes de Cabo Verde após as chuvas, manifestando o seu orgulho na sua terra natal.

A água que corre nas ribeiras fez aparecer areia em alguns lugares como em São Jorge dos Órgãos, ilha de Santiago. Há quem aproveite esta areia para diminuir os gastos e poupar dinheiro.

As chuvas deixaram os homens do campo expectantes com a possibilidade de um bom ano agrícola. Em Santiago, há zonas onde já se começa a colher os primeiros frutos. No entanto, na maioria das regiões, as plantações de milho e feijão ainda estão na fase de floração e produção. Espera-se que este ano haja um alívio nos preços dos produtos hortícolas, que têm sido elevados nos mercados.