Os "roboteiros" do Namibe
Jovens de Moçâmedes encontram na pesca e limpeza dos peixes a possibilidade de ganhar alguns trocados. Um trabalho que nem sempre consegue cobrir todas as despesas, mas garante o pão de cada dia.
Jovens pescadores
Este é o trabalho de muitos no Namibe. Sem emprego fixo, jovens entre 18 e 25 anos de idade colaboram com as vendas de peixe no porto pesqueiro de Moçâmedes.
Movimentação começa cedo
Os jovens chegam cedo ao porto todas as manhãs, das 5h às 7h, à procura de pão ou alguns trocados para levarem para casa.
Limpeza das escamas
Na luta para levar algum dinheiro para casa, estes jovens tiram as escamas e preparam os peixes para os clientes. Em troca, recebem de 300 a 500 kwanzas (menos de 1 euro) pelas tarefas.
Baixa remuneração
O valor recebido pelo trabalho é pequeno até para o custo de vida local, o que torna difícil para esses jovens se sustentarem da pesca e poderem manter os estudos dos filhos.
Descarga da pesca
A descarga da caixa de peixe do barco para a terra também gera remuneração para os "roboteiros". Por cada caixa que descarregam, podem retirar um peixe para si. O peixe escolhido chega a valer até 5.000 kwanzas, o equivalente a 5 euros.
Expressões locais
A ato de descarregar os peixes também é chamado de "gatar". Já as pequenas embarcações de pesca são conhecidas como "rapas".
Período difícil
Na altura da proibição da pesca do carapau, o peixe mais procurado na região, muitos jovens ficam sem pescar por até 3 dias. A fiscalização está sempre atenta. O sustento fica ainda mais difícil nesta época.