Oficinas Literárias estimulam jovens escritores moçambicanos
17 de março de 2016Publicidade
Mia Couto, escritor moçambicano, e José Eduardo Agualusa, escritor angolano, abriram as “Oficinas Literárias”, em Maputo, “para tirar os jovens escritores da grande solidão”, como diz Mia Couto. Trata-se de um projecto que conta com o apoio financeiro da fundação suíça Rolex.
A ideia, por um lado, consiste em selecionar textos de poesia e de prosa para os autores participarem em alguns seminários e aprenderem mais sobre como escrever este tipo de literatura. Por outro lado, pretende-se divulgar talentos literários e incentivar a escrita e a leitura.
No total, são vinte os jovens escritores selecionados. Mia Couto diz que o maior objetivo é incentivar e motivar os novos autores: É precisa uma qualidade básica, mas não estamos à espera de gente que já esteja no fim do percurso. A ideia é de encorajar para que possam progredir".
"Não se ensina uma pessoa a ser escritor"
A ideia, por um lado, consiste em selecionar textos de poesia e de prosa para os autores participarem em alguns seminários e aprenderem mais sobre como escrever este tipo de literatura. Por outro lado, pretende-se divulgar talentos literários e incentivar a escrita e a leitura.
No total, são vinte os jovens escritores selecionados. Mia Couto diz que o maior objetivo é incentivar e motivar os novos autores: É precisa uma qualidade básica, mas não estamos à espera de gente que já esteja no fim do percurso. A ideia é de encorajar para que possam progredir".
"Não se ensina uma pessoa a ser escritor"
Oficinas literárias são uma espécie de escola de letras para os escritores desconhecidos que Mia Couto pretende que futuramente publiquem um livro.
As oficinas literárias são um momento em que nós queremos partilhar com jovens escritores e poetas formas de escrever. Não gostaria de dizer que estamos a ensinar porque não se ensina uma pessoa a ser escritor ou a ser poeta. A ideia é a partilha com escritores com mais experienciência, mais consagrados e para que possam conviver com jovens escritores e formular hipóteses de como se pode escrever um texto, a partir da poesia e a partir da prosa também", garante o escritor.
Três dos selecionados conversaram com a DW África e revelaram algumas das suas aspirações. A escritora Ximbitana sente que a partir destes encontros fica a lição sobre o que vai passar a escrever.
“Isto é para melhor aproveitar as ferramentas que estes grandes escritores nos transmitiram. Infelizmente foi um workshop muito curto, mas apraz-nos ter participado justamente por termos enriquecido e ter lançado verdadeiramente em nós esta semente da escrita", afirma a jovem.
"Temos de nos expor e ouvir o que as outras pessoas têm a dizer"
Três dos selecionados conversaram com a DW África e revelaram algumas das suas aspirações. A escritora Ximbitana sente que a partir destes encontros fica a lição sobre o que vai passar a escrever.
“Isto é para melhor aproveitar as ferramentas que estes grandes escritores nos transmitiram. Infelizmente foi um workshop muito curto, mas apraz-nos ter participado justamente por termos enriquecido e ter lançado verdadeiramente em nós esta semente da escrita", afirma a jovem.
"Temos de nos expor e ouvir o que as outras pessoas têm a dizer"
As “Oficinas Literárias” são espaços de trabalho concreto para os que sonham em ser senhores de letras. A poetisa Melita entende que este projeto foi uma prova ao seu talento e não só.
"É preciso ter a coragem de expor-se, de tirar a camisa e ouvir o que as outras pessoas têm a dizer. Seja as pessoas que estão no mesmo processo criativo, ou aqueles que já ultrapassaram a fase em que nós estamos. Eu penso que nunca se chega a um momento em que não se precise mais de oficinas, de criação e de troca de experiências", declara Melita.
O conto sobre os retratos da vida social urbana de outro jovem selecionado, Nelson Lineu, também convenceu Mia Couto e José Eduardo Agualusa. "O meu conto tem a ver com a violência urbana. O que eu quis fazer foi contar uma história de uma relação que tem muito em conta um assalto que acontece numa paragem. Sei que a ideia de assaltos ocorrem muitas vezes nas paragens e o que eu quis fazer, foi contar uma história por detrás disso de uma forma criativa sem deixar de lado a questão dos assaltos", explica Nelson.
Os jovens escritores submeteram os seus textos e José Eduardo Agualusa, no conto, e Mia Couto, na poesia, fizeram a seleção das melhoras obras.
"É preciso ter a coragem de expor-se, de tirar a camisa e ouvir o que as outras pessoas têm a dizer. Seja as pessoas que estão no mesmo processo criativo, ou aqueles que já ultrapassaram a fase em que nós estamos. Eu penso que nunca se chega a um momento em que não se precise mais de oficinas, de criação e de troca de experiências", declara Melita.
O conto sobre os retratos da vida social urbana de outro jovem selecionado, Nelson Lineu, também convenceu Mia Couto e José Eduardo Agualusa. "O meu conto tem a ver com a violência urbana. O que eu quis fazer foi contar uma história de uma relação que tem muito em conta um assalto que acontece numa paragem. Sei que a ideia de assaltos ocorrem muitas vezes nas paragens e o que eu quis fazer, foi contar uma história por detrás disso de uma forma criativa sem deixar de lado a questão dos assaltos", explica Nelson.
Os jovens escritores submeteram os seus textos e José Eduardo Agualusa, no conto, e Mia Couto, na poesia, fizeram a seleção das melhoras obras.
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