O dia do voto na Guiné-Bissau
As eleições legislativas da Guiné-Bissau decorreram num ambiente tranquilo, apesar de alguns problemas logísticos. Na diáspora, houve confusão. Líderes políticos pedem que a "vontade do povo" seja respeitada.
Ambiente tranquilo
A votação começou pontualmente às 7h locais em toda a Guiné-Bissau, segundo as autoridades eleitorais. Em Bissau, a DW constatou que, apesar de longas filas, a votação arrancou num ambiente tranquilo e sem problemas.
Votação não parou
Mesmo com a falta de tinta indelével em alguns locais de votação, os eleitores seguiram o processo eleitoral normalmente, de acordo com relatos dos correspondentes da DW na capital guineense.
Sissoco votou em Gabú
Longe de Bissau, em Gabú, no leste do país, o Presidente Umaro Sissoco Embaló depositou o seu voto na urna acompanhado de vários apoiantes. Em declarações à imprensa, Sissoco Embaló avisou que não vai permitir a contestação dos resultados das eleições legislativas: "O povo está a votar e quem for eleito é que vai governar", garantiu.
"Bom-senso" nas eleições
Em Bissau, Domingos Simões Pereira, que lidera a coligação Plataforma Aliança Inclusiva (PAI) - Terra Ranka, disse temer "a eventualidade de alguém querer brincar com a vontade expressa pelo povo guineense". "Espero que tenhamos o bom-senso para não incorrer neste tipo de brincadeira", afirmou Simões Pereira.
"Celebração da democracia"
O líder do MADEM-G15, partido que está no Governo desde 2020, votou no centro de Bissau e afirmou que estas eleições são uma "celebração da democracia", o caminho pelo qual os guineenses vão "encontrar a estabilidade consistente e duradoura". "Esta é a vez da Guiné-Bissau", disse Braima Camará.
"Aceitem a vontade do povo"
Botché Candé, do Partido dos Trabalhadores Guineenses (PTG), exerceu o seu direito de voto na cidade de Bafatá, no leste do país. Em declarações à imprensa, disse esperar uma boa convivência entre o Presidente da República e o candidato eleito nestas eleições. Também lançou um apelo aos líderes políticos do país: "Aceitem a vontade do povo".
Um apelo à paz
A única mulher candidata à liderança do Governo nestas eleições fez um apelo à paz minutos após exercer o seu direito ao voto. Joana Cobdé, presidente do Movimento Social Democrático (MSD), disse que o país está cansado das crises políticas e questionou: "Se continuarmos a brigar, quem é que vai estabilizar este país?".
Confusão em Lisboa
A votação na Embaixada da Guiné-Bissau em Lisboa foi marcada por uma confusão na longa fila que se formou desde cedo. As autoridades eleitorais da embaixada admitiram que não foi fácil gerir o processo, mesmo com a ajuda da polícia portuguesa. Em Dacar, a votação foi adiada devido aos confrontos na capital senegalesa.