Nyusi promete reduzir o desemprego em Moçambique
21 de outubro de 2021Filipe Nyusi referiu-se aos números do desemprego em Moçambique no lançamento do programa Emprega, uma iniciativa da Secretaria de Estado da Juventude e Emprego (SEJE), entidade diretamente tutelada pela Presidência da República.
"O programa Emprega é sério, é real. Este programa que hoje lançamos enquadra-se nesta visão sobre a necessidade e urgência de criação de emprego. Temos pressa [na criação de postos de trabalho]", declarou Nyusi, num país onde a maioria da população ainda vive na economia informal.
A primeira componente da iniciativa inclui um concurso para iniciativas empresariais jovens que vão beneficiar de apoio financeiro estatal para o desenvolvimento de negócios, acrescentou o chefe de Estado moçambicano.
"A meta é ter mais de 10 mil participantes neste programa nacional, que é implementado pela primeira vez no nosso país", prosseguiu.
Apoio à formação
Os jovens beneficiários vão receber formação e orientação de "alta qualidade" e serão selecionados com base no potencial de crescimento e de criação de empregos das suas empresas.
O Presidente moçambicano avançou que a segunda componente vai consistir no apoio à produtividade de trabalhadores jovens do setor informal.
"Esta componente fornece apoio financeiro aos jovens para que tenham acesso a programas de formação e serviços de apoio de qualidade", declarou Filipe Nyusi.
O chefe de Estado assinalou que este segundo vetor pretende abranger 24 mil jovens.
"Este é o momento da juventude", referiu, dizendo que a aposta no emprego jovem impõe-se pelo facto de esta faixa etária ser a maioria da população moçambicana e ser parte de uma geração com melhor formação e mais aberta a mudanças.
Por outro lado, prosseguiu, os empreendedores jovens empregam mais colaboradores da sua faixa etária, gerando um efeito multiplicador na criação de postos de trabalho.
A taxa de desemprego estimada para Moçambique desceu de 20,7% em 2014/15 para 17,5% em 2019/20, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) publicados em setembro, que reconhece limitações de uma medição oficial dada a prevalência de atividades informais e de subsistência.