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TerrorismoNigéria

Nigéria: Jihadistas destroem bases humanitárias

Lusa | AFP | tms
11 de abril de 2021

Jihadistas alegadamente ligados ao Estado Islâmico atacaram as instalações de várias organizações humanitárias e da ONU na cidade nigeriana de Damasak, e ainda estão no local. A informação foi avançada por fontes de ONG.

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Damasak foi atacada pelo grupo jihadista Boko Haram, em 2015Foto: Reuters/J. Penney

O ataque deste sábado (10.04) é o segundo contra uma das nove bases humanitárias da ONU no país.

"Os combatentes do Iswap (Estado islâmico na África Ocidental) ainda estão em Damasak, conduzindo pelas ruas, disparando tiros e incendiando instalações humanitárias", disse um responsável de uma organização humanitária sob condição de anonimato, citado pela agência de notícias francesa AFP. A fonte não avançou se há feridos ou vítimas mortais.

O ataque a um edifício de uma ONG, que se incendiou, espalhou-se pela base da ONU, que foi destruída, afirmou outro responsável. As instalações de três outras ONG foram também destruídas, acrescentou a mesma fonte.

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Fonte militar nega invasão

Uma fonte militar confirmou o ataque a Damasak, mas disse que os jihadistas não tomaram a cidade, porque foram repelidos. "Passaram pela cidade em direção à Brigada, mas foram repelidos", disse o oficial militar, falando sob condição de anonimato, sem fornecer pormenores. 

Entretanto, segundo a AFP, após o ataque, alguns residentes fugiram da cidade em direção ao vizinho Níger.

Damasak foi repetidamente alvo de militantes do Iswap que fizeram várias tentativas falhadas de invadir um posto avançado militar fora da cidade.

Jihadistas na Nigéria

O nordeste da Nigéria tem sido alvo de conflitos mortais desde 2009 e de ataques do grupo terrorista islâmico Boko Haram. Em 2016, o grupo separou-se, ficando a fação histórica de um lado e a Iswap, reconhecida pela EI, do outro.

Há três anos, em 1 de março de 2018, os combatentes do Iswap atacaram uma base da ONU em Rann, uma cidade do nordeste da Nigéria, matando três funcionários e raptando outro. 

Em 1 de março deste ano, os jihadistas do Iswap atacaram a cidade de Dikwa, matando seis civis e forçando os trabalhadores humanitários a retirarem-se.

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